O pregador islamita Raed Salah, cujo movimento, recentemente proibido por Israel, atrai uma multidão de árabes israelenses, ingressou neste domingo em uma prisão do sul de Israel para cumprir com uma pena de nove meses, constatou um fotógrafo da AFP.

Em outubro, Salah, que lidera o braço norte do Movimento Islâmico, foi condenado a onze meses de prisão, mas o Tribunal Supremo reduziu a pena a nove meses em abril. Uma centena de seguidores o acompanharam até sua entrada na prisão de Beer Sheva, incluindo deputados árabes do Parlamento israelense, informou o fotógrafo.

A justiça israelense o acusa de incitação ao ódio por ter convocado, em 2007, “todo muçulmano e árabe a ajudar os palestinos e a lançar uma intifada islâmica” pela Esplanada das Mesquitas, lugar sagrado para judeus e muçulmanos em Jerusalém.

Com um sorriso, enquanto deixava a cidade árabe de Um el Fahem (centro), da qual foi prefeito durante 12 anos, Salah disse aos seus simpatizantes que para ele era “uma honra entrar na prisão por defender e proteger Al Aqsa e Jerusalém”, em referência à mesquita que se encontra nesta Esplanada.

“Entro na prisão por vontade de Deus, e não por vontade (do primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu”, afirmou, segundo um vídeo divulgado por Qpress, um meio de comunicação on-line próximo ao seu movimento.

Israel proibiu em novembro o braço norte do Movimento Islâmico, acusando-o de incitar os árabes israelenses e os palestinos à violência propagando mentiras sobre a Esplanada das Mesquitas, onde os manifestantes, muitos muito próximos do braço norte, costumam realizar protestos contra os judeus que visitam o lugar sagrado.

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