A auxiliar de limpeza Cátia Vedeschi relatou ao programa “Profissão Repórter”, da TV Globo, exibido na quarta-feira (29), que decidiu parar de frequentar os cultos após um pastor condenar o seu filho, identificado apenas como Guilherme, 23, que assumiu ser homossexual. “Eu era evangélica, mas como o pastor falava que o meu filho tinha demônio, eu preferi sair da igreja e apoiar meu filho”, disse ela. A mulher frisou que não perdeu a sua fé e continua orando em casa.

Agora, ela faz parte do coletivo “Mães Pela Diversidade”, criado em 2014 com o intuito de oferecer uma rede de apoio às mães e conscientizar as outras pessoas a respeito do preconceito contra a comunidade LGBTQIA+.

Guilherme, que atua como maquiador, afirmou ao “Profissão Repórter” que a decisão de parar de ir para a igreja evangélica foi tomada exclusivamente por Cátia. “Ela falava que ia estar comigo independente de qualquer coisa. Tem muitas pessoas LGBTQIA+ que tem mães religiosas, mas as mães não querem saber. Tipo: ‘É essa a minha opinião, eu não vou te respeitar, eu não vou te aceitar e acabou’. Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita”, acrescentou.

O jovem ainda mora com a mãe e não poupou os elogios ao defini-la como “a melhor”.

Cátia é tão parceira de seu filho que o acompanhou na Parada LGBT de São Paulo, realizada no dia 19 de junho na Avenida Paulista. “O Guilherme estava ansioso para a Parada, e eu também. A primeira que a gente foi ele tinha 18 anos, quando ele pediu pra ir, de presente de aniversário”, finalizou.

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