A prefeitura de Presidente Prudente, no oeste do Estado de São Paulo, decidiu cortar árvores para reduzir a presença de pombos na Praça Monsenhor Sarrion, à frente da Catedral, considerada um dos cartões postais da cidade.

Após análise do corpo técnico da Secretaria do Meio Ambiente, o prefeito Nelson Bugalho (PTB) anunciou o corte de 12 oitis, espécie frondosa, bastante usada em arborização urbana. Conforme o estudo, os oitis servem de poleiro para os pombos e sua retirada vai forçar a dispersão das aves. A medida ainda depende de aval do Ministério Público Estadual.

Moradores se dividem sobre a proposta. O taxista Alcides de Souza, que trabalha há 20 anos na praça, disse que a infestação de pombos aumentou nos últimos anos. “São várias centenas dele e está insuportável, pois fazem uma sujeira enorme e a praça precisa ser lavada todo dia. O carro fica imundo, mesmo protegido com uma capa”, disse. A estudante de química Maristela Candido acredita que a supressão das árvores não resolve. “Os pombos vão migrar para outras áreas da cidade que tem árvores, como o Parque do Povo. Irão cortar lá também?”, questionou.

Em audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira, 9, na Câmara, houve discussão entre populares e o secretário do Meio Ambiente, Wilson Rodrigues, que fazia a defesa da medida. Moradores sugeriram alternativas, como poda drástica das árvores. O padre José Antônio de Lima, pároco da Catedral de São Sebastião, também afetada pelos pombos, defendeu a medida. “É uma questão de racionalidade. Acho preferível substituir 12 árvores do que gastar 16 mil litros de água todos os dias para lavar as calçadas e bancos da praça”, disse.

Conforme a prefeitura, na praça central existem 39 árvores de médio e grande porte e, para cada oiti cortado, serão plantadas duas ou três palmeiras. “Neste primeiro momento, vamos erradicar 12 delas e observar como as aves se comportam. Se for necessário, depois faremos novas retiradas”, informou o prefeito. Se o corte for autorizado, o município também fará uma reforma na praça, com a substituição dos bancos atuais e reforço no paisagismo. O Ministério Público deve analisar ainda esta semana no pedido de corte das árvores.

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