Criado por decreto de 2015, a obra de implementação do Parque dos Búfalos, no Jardim Apurá, no extremo sul da capital paulista, deve ser iniciada no próximo mês, conforme informou a coordenadora de Gestão de Parques e Biodiversidade Municipal da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Tamires Carla de Oliveira, em entrevista à Rádio Eldorado. A entrega está prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

A estimativa depende da resolução de pendência com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Tamires explicou que isso se deve ao fato de ser uma área dos mananciais da Represa Billings, o que requer um “licenciamento mais complexo”.

“A gente não esperava isso no meio do caminho, mas surgiu no meio do ano passado e estamos atendendo as exigências que a Cetesb solicitou”, disse. “Uma das questões é um estudo ambiental que está sendo finalizado e a gente imagina que, com todo otimismo, no próximo mês isso esteja resolvido, e aí a gente, de fato, comece as obras do parque e entregue à população o mais rápido possível.”

Outra complexidade do futuro parque é a fragmentação do espaço, que fica bem no meio da área em que há um condomínio residencial. Com isso, os mais de 530 mil m2 ficam fragmentados em quatro pedaços.

Por ser uma área de restrição à ocupação, a infraestrutura a ser instalada ali é “mínima”, segundo Tamires. “O Parque dos Búfalos vai ser muito mais rural”, destacou.

Entre os atrativos, o projeto prevê pista de caminhada, brinquedos para as crianças e equipamentos de ginástica para idosos. Tamires adianta que vai haver foco principalmente na programação. “Fazer com que o parque realmente seja um difusor da educação ambiental”, afirmou. “A gente precisa muito que as pessoas se aproximem e tenham consciência de onde elas estão, o quão importante é cuidar daquele espaço, da represa, por exemplo.”

Após a entrega, o parque também ganhará uma área administrativa e passará a contar com equipe de manejo da vegetação, zeladoria, jardinagem e limpeza. Isso, conforme informou Tamires, deve resolver o problema de insegurança relatado por moradoras que dizem ter de andar em grupos por ali. “Assim que essas coisas se desenrolarem, as mulheres vão poder caminhar lá com mais segurança sim”, finalizou.