O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), enviou na segunda-feira (27) à Câmara Municipal de São Paulo uma proposta para oferecer benefício financeiro para quem acolher uma pessoa em situação de rua. Na terça-feira (28), o projeto foi levado ao Plenário. O programa veio no momento em que a população sem-teto é estimada em quase 32 mil. As informações são da Folha de S.Paulo.

No intuito de acelerar a tramitação, o texto encaminhado pelo Executivo foi incluído como um substitutivo de um projeto de autoria do vereador Sansão Pereira (Republicanos) que visa a instalação de restaurantes populares, uma espécie de Bom Prato Paulistano.

A proposta de Sansão havia sido aprovada no ano passado em primeiro turno. Porém não teve continuidade pois o restante dos vereadores não entraram em acordo para que o texto fosse votado na terça-feira.

“Aquele vereador que, realmente, se preocupa com o povo, duvido que vote contra isso daqui. Ou usa isso aqui apenas para fake news”, relatou Sansão.

Como é de praxe no Legislativo paulistano, a proposta só é sancionada pelo prefeito depois de ela ser aprovada em dois turnos. Contudo, pelo fato de ser um substitutivo, o projeto do Executivo passará somente pelo segundo turno no Plenário.

“O propósito é importante no sentido de extinguirmos a fome em São Paulo e ajudar o Brasil”, discursou o vereador Eduardo Suplicy (PT). “Mas será importante que voltamos a discuti-lo, a ter mais tempo para que os demais apresentem suas emendas”, acrescentou.

No entanto, a Prefeitura de São Paulo ainda não informou o valor do benefício financeiro concedido nem a duração do acolhimento. Esses pontos serão definidos por um decreto da gestão Ricardo Nunes.

Número de pessoas em situação de rua

Um levantamento realizado pela prefeitura, entre outubro e dezembro de 2021, mostrou que São Paulo reunia 31.884 pessoas em situação de rua. Isso representou um aumento de 30% em relação ao número registrado no mesmo período de 2019.

Já uma pesquisa feita pelo Datafolha, que foi publicada em abril deste ano, apontou que 8 a cada 10 paulistanos afirmaram terem notado um aumento no número da população de rua.