A Prefeitura de São Paulo discute com taxistas proposta para criar novas regras de regulamentação para os serviços de transporte por aplicativos, como Uber, 99 e Cabify. Desde ontem, taxistas estão sendo convocados pelo WhatsApp para participar de uma reunião hoje, na sede da Prefeitura, no centro da cidade, quando uma minuta de um novo decreto para o setor será apresentada.

A Prefeitura confirma a realização da reunião, mas não adianta os termos da discussão. As empresas dos aplicativos ainda não foram oficialmente informadas sobre as negociações da Prefeitura com os taxistas.

Taxistas esperam que a gestão Bruno Covas (PSDB) retome pontos de uma resolução que havia sido publicada no fim de 2017. Essa norma tinha vigência prevista para janeiro do ano passado, mas que terminou abandonada após uma série de contestações judiciais.

Entre as exigências estavam a obrigação para que os carros tivessem placas de São Paulo, uma idade máxima para o veículo em uso, roupa social para o motorista e a exigência de um curso de especialização, o “Conduapp” – em referência ao cadastro exigido dos taxistas, que se chama Condutax.

Os taxistas esperam ainda que a Prefeitura limite a quantidade máxima de carros online na cidade em um mesmo momento. Quando 60 mil carros ficassem online, outros motoristas não poderiam fazer login no sistema até alguém se desconectar – a Prefeitura, entretanto, não deve incluir essa medida nas propostas.

Ontem à tarde, em um vídeo em que também convocava os taxistas para a porta da Prefeitura, o vereador Adilson Amadeu (PTB), que tem nos taxistas sua principal base eleitoral, afirmou que “essa baderna desses aplicativos que hoje estão rodando sem fiscalização e sem nenhum termo de compromisso deverá acabar”.

Dados preliminares da pesquisa Origem Destino, do Metrô, que analisa viagens da Grande São Paulo, divulgados em dezembro, mostram que há três viagens de apps em São Paulo para cada viagem de táxi. Mas em dez anos, o total de viagens de táxi cresceu 24,5%, de 90,7 mil por dia para 112,9 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.