A prefeitura de São Paulo demitiu 70 funcionários do Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul da capital. Entre os demitidos, 27 faziam parte da equipe de pronto-socorro. As informações são do jornal Agora.

De acordo com o representante do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep-SP), Douglas Cardoso, grande parte dos funcionários trabalhava com contratos de emergência irregulares.

“Muitos trabalhavam no hospital há 8 ou 12 anos e o contrato estava vencido há muito tempo”, diz Cardozo.

Segundo a reportagem, o maior número de demitidos foi na área de enfermagem, sendo 44 cortes entre enfermeiros e auxiliares. Entre os médicos, foram 14 demissões, sendo dez cirurgiões, dois ortopedistas, um psiquiatra e um clínico geral.

O pronto-socorro foi uma das alas mais prejudicadas, sendo que oito dos dez cirurgiões trabalhavam no setor, assim com o clínico geral e 16 enfermeiros, além de dois funcionários administrativos.

“Eram profissionais com experiência de anos na área da saúde”, diz o representante do Sindicato dos Servidores Municipais, que diz que não houve reposição da força de trabalho.

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Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disse que “novas contratações já estão em andamento e o atendimento à população não será prejudicado”.

Segundo a prefeitura, “o desligamento de alguns funcionários, que haviam sido contratados de forma emergencial atendendo à demanda do período, ocorreu no último dia 31 de dezembro” e que “eles estavam ligados à Autarquia Hospitalar Municipal, que foi extinta em agosto de 2020”.

Segundo o Sindsep-SP, outras demissões de trabalhadores sob o regime de contrato emergencial também aconteceram em outros três hospitais municipais da capital: do Jabaquara, do Tatuapé e da Mooca.


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