Prefeitos tomam posse nesta quarta-feira já pensando em 2026

Ricardo Nunes assume segundo mandato em São Paulo; Eduardo Paes e João Campos já miram 2026

Luiz França/Câmara Municipal de São Paulo
Fachada da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto no Chá, centro histórico da capital paulista Foto: Luiz França/Câmara Municipal de São Paulo

Os prefeitos eleitos nas mais de cinco mil cidades brasileiras tomam posse nesta quarta-feira, 1º, para mandatos de quatro anos. Enquanto alguns buscam consolidar seus mandatos ou assumem pela primeira vez, outros já iniciam o ano de olho nas próximas eleições.

Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) assumirá seu segundo mandato em um evento no Theatro Municipal, às 16h30. Antes disso, ele deve assinar o termo de posse em uma solenidade na Câmara de Vereadores.

Na posse, Nunes deverá oficializar a troca de seus secretários. Além de alterações internas, como Enrico Miasi na Casa Civil e Fabrício Cobra na fiscalização das Subprefeituras, o prefeito deve nomear ex-prefeitos da região para ocupar secretarias, como Orlando Morando (São Bernardo do Campo), que assumirá a pasta da Segurança Urbana.

Enquanto Nunes tenta consolidar seu mandato, iniciado após a morte de Bruno Covas em 2021, os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do Recife, João Campos, entram em seus segundos mandatos já pensando em 2026. Ambos são potenciais candidatos aos governos estaduais.

Paes inicia seu quarto mandato à frente da capital fluminense. Ele chegou a disputar a cadeira do Palácio Guanabara em 2018, mas não obteve sucesso. Com um perfil mais “descolado”, aposta no marketing e na segurança pública do Rio como pilares para alavancar sua campanha.

João Campos, por sua vez, está cotado para disputar o governo de Pernambuco. Reeleito no primeiro turno, com ampla margem de aprovação, Campos entra em seu segundo mandato com um perfil semelhante ao de Paes e o desejo de seguir os passos de seu pai, Eduardo Campos (falecido em 2014), que governou o estado entre 2007 e 2014.

Quem assume sob pressão e com dores de cabeça para resolver é Sandro Mabel, em Goiânia. Aliado de primeira ordem do governador Ronaldo Caiado, Mabel enfrenta acusações de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024.

A Justiça Eleitoral investiga o suposto uso do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, para a realização de dois jantares em apoio ao prefeito eleito. Além de Mabel, Caiado também é alvo do mesmo processo.

Prefeitos reeleitos

  • Rio Branco (AC): Tião Bocalom (PL)
  • Maceió (AL): JHC (PL)
  • Macapá (AP): Dr. Furlan (MDB)
  • Manaus (AM): Davi Almeida (Avante)
  • Salvador (BA): Bruno Reis (União Brasil)
  • Vitória (ES): Lorenzo Pazolini (Republicanos)
  • São Luís (MA): Eduardo Braide (PSD)
  • Campo Grande (MS): Adriane Lopes (Progressistas)
  • Belo Horizonte (MG): Fuad Noman (PSD)
  • Recife (PE): João Campos (PSD)
  • Teresina (PI): Silvio Mendes (União Brasil)
  • João Pessoa (PB): Cícero Lucena (Progressistas)
  • Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes (PSD)
  • Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB)
  • Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB)
  • Florianópolis (SC): Topázio Neto (PSD)
  • São Paulo (SP): Ricardo Nunes (MDB)

Prefeitos que assumem o mandato pela primeira vez

  • Fortaleza (CE): Evandro Leitão (PT)
  • Curitiba (PR): Eduardo Pimentel (PSD)
  • Goiânia (GO): Sandro Mabel (União Brasil)
  • Cuiabá (MT): Abilio Brunini (PL)
  • Belém (PA): Igor Normando (MDB)
  • Natal (RN): Paulinho Freire (União Brasil)
  • Porto Velho (RO): Léo (Podemos)
  • Aracaju (SE): Emília Corrêa (PL)
  • Palmas (TO): Eduardo Siqueira (Podemos)