O prefeito eleito de Osasco, na Grande São Paulo, Rogério Lins (PTN), é considerado foragido pelo Ministério Público estadual desde terça-feira, dia 6, quando agentes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram orientados a cumprir um mandado de prisão contra ele na quinta fase da Operação Caça-fantasmas. Lins, segundo seus assessores, está em viagem fora do País.

O Gaeco cumpriu nesta terça outros 14 mandados de prisão, todos contra vereadores do município paulista. O prefeito eleito é vereador desde 2009. Todos estão sob suspeita de envolvimento em um esquema milionário de fraudes na contratação sem concurso público de centenas de servidores, mantendo funcionários fantasmas nos gabinetes. Os prejuízos aos cofres públicos são estimados em pelo menos R$ 21 milhões.

A denúncia foi oferecida nesta semana contra 217 pessoas, entre vereadores, assessores e fantasmas. Desde que foi iniciada, em agosto de 2015, a operação já conta com 117 volumes de investigação. Até o momento, 73 mandados de busca foram cumpridos. Mais de 200 pessoas foram afastadas de seus cargos cautelarmente pela Justiça, a pedido do Ministério Público de São Paulo, segundo estimativa do Gaeco de Osasco, coordenado pelo promotor de Justiça Gustavo Albano.

Discurso

Rogério Lins, que tem 38 anos de idade, foi eleito prefeito com 61,21% dos votos, superando o atual prefeito, Jorge Lapas (PDT), no segundo turno. Quando as urnas lhe deram a vitória, Lins foi taxativo ao declarar seu compromisso com a ética e o bem público. Ele afirmou que irá “respeitar o dinheiro público da população”. “É tolerância zero com a corrupção”, declarou.

Assessores de Lins informaram que ele desconhece os motivos da ordem de prisão e que o prefeito eleito não tem funcionários fantasmas em seu gabinete na Câmara de Osasco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.