A Câmara dos Vereadores de Sorocaba cassou, por 16 votos a 4, o mandato do prefeito, José Antonio Caldini Crespo (DEM), por suposta contratação irregular de voluntários. A sessão, que durou mais de 13 horas, foi encerrada na madrugada desta sexta-feira, 2. Foi a segunda cassação de Crespo em dois anos, ambas por causa de denúncias envolvendo sua ex-assessora e ex-voluntária da prefeitura Tatiane Pólis.

Em agosto de 2017, no primeiro ano de mandato, Crespo foi cassado por prevaricação no caso de um diploma falso de 2º grau apresentado pela ex-assessora. Ela se demitiu e, 43 dias depois, Crespo conseguiu retomar seu mandato por meio de liminar.

Meses depois de ter se demitido, Tatiane voltou a trabalhar na prefeitura. Crespo, então, foi acusado de ter cometido infração político-administrativo por suposto “falso voluntariado” envolvendo Tatiane, que era sua secretária. Ela supostamente trabalhava como voluntária, mas segundo a denúncia era paga de forma indireta.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) formada na Câmara municipal, em trabalho que durou meses, novamente propôs a cassação de Crespo, agora votada em plenário.

Assim como no caso da ex-assessora, o prefeito afirma que é inocente e diz que vai recorrer à Justiça para retomar o cargo. A vice-prefeita Jaqueline Coutinho (PTB) assumiu a prefeitura logo após a cassação.

O caso do falso voluntariado da ex-assessora também foi investigado pela Polícia Civil e o relatório final encaminhado ao Tribunal de Justiça de São Paulo na terça-feira, 30.

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Tatiane Polis e José Antonio Crespo poderão responder por usurpação da função pública – e o prefeito também pelo crime de responsabilidade. O documento descreve os fatos, indica as responsabilidades e indicia ambos.


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