Prefeito de São Bernardo do Campo é afastado do cargo em operação contra corrupção

Prefeito de São Bernardo do Campo é afastado do cargo em operação contra corrupção

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 14, a Operação Estafeta, com o objetivo de apurar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados por suposta organização criminosa com indícios de atuação na administração pública do município de São Bernardo do Campo (SP). De acordo com o Estadão, um dos alvos da operação é o prefeito Marcelo Lima (Podemos), que foi afastado do cargo. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de frequentar a prefeitura. Dois vereadores, entre eles o presidente da Camâra Municipal da cidade, Danilo Lima (Podemos), também são investigados.

Segundo a PF, agentes estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva, 20 mandados de busca e apreensão e medidas de afastamento de sigilos bancário e fiscal, nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, todas no estado de São Paulo.

Em nota à IstoÉ, a prefeitura de São Bernardo informou “que irá colaborar com todas as informações necessárias em relação ao caso”. “A gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado. Reforçamos que o episódio não afeta os serviços na cidade”, diz o comunicado.

Prefeito de São Bernardo do Campo é afastado do cargo em operação contra corrupção

As medidas cautelares da Operação Estafeta foram expedidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Uma das ordens de prisão é para Paulo Iran Paulino Costa, apontado como operador financeiro de propinas. Ele está foragido. Costa é assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL) desde 2022.

“As investigações tiveram início em julho de 2025, a partir da apreensão de R$ 14 milhões em espécie (entre reais e dólares norte-americanos) na posse de servidor público suspeito de integrar organização criminosa”, informou a PF.

Os policiais federais também encontraram no endereço comprovantes de pagamento de uma fatura do cartão de crédito do prefeito e de uma conta telefônica em nome da primeira-dama. Havia ainda crachás de veículos para acesso à sede da prefeitura.

Paulo Iran Paulino Costa é descrito como “um agente central na arrecadação e distribuição de valores provenientes de diversas empresas que possuem contratos com a prefeitura de São Bernardo do Campo”.

Além das buscas e prisões, foram determinadas medidas cautelares como o afastamento de cargos públicos, a instalação de tornozeleiras eletrônicas e a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados.

Os investigados podem responder por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa.

* Com informações do Estadão Conteúdo