Concorrendo sub judice, o prefeito de Montes Claros (Norte de Minas), Ruy Muniz (PSB), disputa o segundo turno da eleição no município contra Humberto Souto (PPS). Muniz é marido da deputada federal Raquel Muniz (PSD), que durante votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, no dia 17 de abril, afirmou que o prefeito fazia uma gestão exemplar na cidade. No dia seguinte, Muniz foi preso pela Polícia Federal acusado de prejudicar hospitais públicos de Montes Claros para beneficiar instituições privadas de sua família no setor da saúde.

O prefeito ficou preso entre 18 de abril e 27 de julho. Muniz seria detido novamente pela Polícia Federal na Operação Tolerância Zero, deflagrada em Montes Claros em 15 de setembro para apurar irregularidades na compra de combustível pelo município, mas não foi encontrado pelos policiais. Reapareceu no dia 19 depois de conseguir salvo-conduto da Justiça Eleitoral para fazer a campanha em primeiro turno.

No primeiro turno da votação, Muniz teve 25,93% dos votos, contra 40,66% de Humberto Souto.

Em função dos problemas do prefeito com a Justiça, seu vice na chapa, Danilo Fernando Macedo Narciso (PMDB), desistiu da eleição. Como o prazo para substituição havia expirado, Muniz teve a chapa impugnada, decisão da qual recorre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que o fez concorrer sub judice.

Em 7 de outubro, três dias depois de expirar o salvo-conduto concedido pela Justiça Eleitoral em Montes Claros, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus ao prefeito, alegando que Muniz não representava risco para a ordem pública. A decisão possibilitou ao candidato fazer a campanha de segundo turno.

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