A pandemia do novo coronavírus afetou o esporte no mundo todo em diversos aspectos, desde atrapalhando o calendário das competições, até mesmo impactando o lado econômico de ligas e clubes. Na Espanha, o prefeito de Madri garantiu que mesmo que os eventos voltem a ser realizados – não só de futebol, mas de diversos outros esportes -, estes não contarão com a presença de torcedores nas arquibancadas até pelo menos o final do verão no país, em setembro.

Em entrevista realizada neste sábado à rádio espanhola Onda Cero, José Luis Martínez-Almeida disse que o Campeonato Espanhol, assim como outras competições esportivas, vai ser finalizado com os portões fechados caso volte às atividades. Segundo o político, a covid-19 “não vai ser controlada” para que grandes eventos sejam retomados com grandes públicos.

“Na primavera e no verão não haverá eventos com multidões na Espanha e possivelmente no outono também não”, declarou Martínez-Almeida. “Enquanto nós não estivermos com a pandemia sob controle total, teremos que mudar todos os nossos velhos hábitos antes mesmo de podermos voltar para as ruas”, disse.

O Campeonato Espanhol não será retomado até o final de maio e o presidente da LaLiga, Javier Tebas, afirmou que espera contar com os primeiros duelos sendo retomados com os estádios vazios. “Jogos de futebol sem torcedores no verão são possíveis, desde que sejam observadas as condições de saúde e segurança”, ressaltou o prefeito.

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF, na sigla em espanhol) informou durante esta semana que se o torneio nacional não puder continuar, então serão utilizadas as atuais posições na tabela de classificação para determinar as vagas na próxima Liga dos Campeões da Europa. Barcelona, Real Madrid, Sevilla e Real Sociedad ocupam as primeiras colocações, respectivamente.

A entidade disse ainda que deverá perder bilhões de euros se o Campeonato Espanhol não for finalizado, sendo os direitos de transmissão não pagos como um dos problemas mais sérios. A estimativa é de que se a competição for concluída com os portões fechados, então seriam perdidos cerca de 300 milhões de euros (R$ 1,71 bilhão), enquanto que essa perda seria reduzida pela metade se os torcedores pudessem entrar nos estádios.