O prefeito de Criciúma (SC) – cidade que fica localizada a cerca de 205 quilômetros da capital catarinense – foi preso na segunda fase de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) que cumpriu dez mandados de prisão preventiva na manhã desta terça-feira, 3. Clésio Salvaro (PSD) e outras nove pessoas foram detidas por suposto envolvimento em crimes cometidos na concessão de uma funerária ao município.

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De acordo com o MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), as ordens judiciais foram emitidas pelo Tribunal de Justiça do estado e faziam referência a prisões nas cidades de Florianópolis (SC), Jaraguá do Sul (SC), São José (SC) e Criciúma. A operação, intitulada de “Caronte”, foi deflagrada no dia 5 de agosto e foram coletados 38 depoimentos durante as investigações.

Segundo as autoridades, os acusados foram denunciados no dia 20 de agosto pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupção e delitos contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão do serviço funerário da cidade de Criciúma. O grupo de suspeitos é composto por empresários e agentes públicos.

Na primeira fase da ação, foram detidos sete investigados. Ao todo, 17 pessoas envolvidas com os delitos no serviço funerário de Criciúma foram detidas preventivamente.

Em uma publicação nas redes sociais, Clésio declarou que é vítima de uma prisão política. “Tenho certeza da minha inocência”, pronunciou o político. O prefeito está no segundo mandato e, portanto, não concorre à reeleição nas eleições municipais de 2024.

O Gaeco é uma força-tarefa composta pelo MP-SC, Polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Penal, além da Receita Estadual e do Corpo de Bombeiros Militar do estado. O Geac (Grupo Especial Anticorrupção) também esteve envolvido na operação.