 "Montagem/IstoÉ")
Delegado Toni Cunha (PL), prefeito da cidade de Marabá, no Pará, afirmou em publicação nas redes sociais que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou um repasse de verba assegurado pelo Ministério do Turismo para o pagamento de um show de Zezé di Camargo no município, marcado para 31 de dezembro, por “divergências pessoais”.
“O ministro do Turismo do seu governo, em tratativas conosco aqui em Marabá, ofereceu recursos para fomentar o turismo através de show. Nós contratamos o show do cantor Zezé di Camargo e você [Lula], às vésperas da realização, determinou o cancelamento do repasse para o pagamento“, disse o mandatário.
Cunha afirmou que, sem a verba federal, o show será mantido pela prefeitura e prometeu acionar a Procuradoria de Justiça contra o governo federal. O Ministério do Turismo disse à IstoÉ, em nota, que a proposta no valor de R$ 1,3 milhão para a gestão de Marabá está em análise desde outubro e já foi empenhada.
“No entanto, o contrato ainda não foi assinado, pois a prefeitura não apresentou toda a documentação necessária. O Ministério esclarece ainda que a decisão de quais atrações e/ou artistas contratar é uma premissa do município, não havendo qualquer interferência do governo do Brasil na utilização do recurso“, concluiu a pasta.
Zezé di Camargo versus Lula
Camargo entrou em rota de colisão com o governo Lula após anunciar o cancelamento do especial de Natal que gravou para o canal SBT em razão do que classificou como a “prostituição” da emissora. No vídeo, o sertanejo reagiu à ocasião em que o petista, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e outras autoridades em sua sede para o lançamento do canal de notícias SBT News.
“A maneira que vocês pensam pra mim não condiz com grande parte do povo brasileiro e eu não quero decepcionar as pessoas que pensam diferente. Então tirem o meu especial de Natal do ar (…) amo o SBT, tenho o maior carinho, mas eu acho que vocês estão, desculpe, prostituindo. Eu não faço parte disso”, afirmou o sertanejo.
A declaração foi repudiada pelas sócias do SBT, pela primeira-dama, Janja da Silva, e em especial por autoridades governistas. O cantor pediu desculpas.