Quem está curtindo a 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontece até o próximo sábado, 1º, no interior de Minas Gerais, não fala em outra coisa a não ser a quantidade de filmes com potencial de premiação que estão sendo exibidos no festival. Um deles é “Prédio Vazio”, longa do gênero de terror, dirigido por Rodrigo Aragão.
A história se destaca pela abordagem diferente sobre o enfrentamento do luto e a busca pela identidade familiar, em meio a um processo de
superação de traumas. Tudo isso, é claro, com uma pitada de humor e muito sangue, características já conhecidas do estilo de José Mojica Marins (1936-2020), o Zé do Caixão, e do diretor que já trabalhou com o veterano no passado.
Tudo começa quando Luna (Lorena Corrêa) e Fábio (Caio Macedo) partem em uma excursão em busca da mãe da jovem, desaparecida no último dia de Carnaval em Guarapari, no Espírito Santo. As buscas do casal o levam a um antigo edifício aparentemente vazio, mas habitado por almas atormentadas.
Ao chegarem nesse espaço, descobrem quem é a responsável por esses fantasmas estarem lá. A partir disso, os três lutarão por suas vidas em uma jornada de cura, autoconhecimento e, principalmente, de muito pavor.
“Além do luto, o filme enfatiza a força de mulheres em um universo de luta constante contra todos os fantasmas da sociedade. É um filme que também fala sobre despedida e traumas da infância, com um pensamento muito empático sobre a condição na sociedade da mulher, cujas dificuldades são representadas pelos fantasmas do longa, sob um gênero diferente, o horror”, declarou Caio, em entrevista ao site IstoÉ Gente.
“Isso é maravilhoso, poder criticar esta condição de uma forma tão inovadora e tão lúdica, por ser um filme muito diferente dos que são mais conhecidos no Brasil. Filme de fantasia é difícil de ser feito por todos os efeitos que contém nele”, explicou o ator, trazendo a sua percepção do longa.
“O que posso dizer é que o público vai se divertir muito, porque o horror tem muitas camadas e o estilo de horror que o Rodrigo faz é diferente, traz uma crítica mais leve. O que chama a atenção também é que a maquiagem leva uma estética incrível para o filme”, encerrou.