Prédio em Dnipro é destruído em ataque de míssil russo

Por Olena Harmash e Tom Balmforth

KIEV (Reuters) – A Rússia lançou um grande ataque com mísseis contra a Ucrânia neste sábado, destruindo um prédio de apartamentos de nove andares na cidade de Dnipro, matando pelo menos cinco pessoas e atingindo instalações vitais de energia em todo o país, disseram autoridades.

O ministro da Energia do país, German Galushchenko, alertou que os ataques que atingiram a maioria das regiões tornariam os próximos dias “difíceis”.

Quinze pessoas foram resgatadas depois de serem soterradas sob escombros do prédio na cidade de Dnipro, no centro-leste, disse o vice-chefe do gabinete presidencial da Ucrânia.

“Tragédia. Eu fui ao local… Vamos passar a noite inteira nos escombros”, disse Borys Filatov, prefeito da cidade perto do rio Dnipro.

Pelo menos 27 pessoas, incluindo seis crianças, também ficaram feridas no ataque, com mais pessoas ainda presas sob os escombros, disse o governador regional.

Imagens mostraram bombeiros apagando o fogo ao redor do que sobrou de alguns carros. Um grande pedaço do prédio estava faltando. O exterior do resto do edifício foi seriamente danificado.

Pessoas feridas foram carregadas em macas em imagens divulgadas pela emissora pública ucraniana Suspilne.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro passado, vem atacando sua infraestrutura de energia com mísseis e drones desde outubro, causando blecautes e interrupções no fornecimento de água.

No sábado, mísseis também atingiram instalações críticas de infraestrutura na região leste de Kharkiv, que faz fronteira com a Rússia, e na região oeste de Lviv, que faz fronteira com a Polônia, disseram autoridades.

Toda a região de Kharkiv perdeu energia depois que as autoridades foram forçadas a ordenar cortes de energia de emergência. Em Lviv, interrupções no fornecimento de eletricidade e água também são possíveis, disse o governador regional Maxim Kozytsky.

“Graças ao eficiente trabalho de defesa aérea em Kiev, foram evitados danos a objetos críticos de infraestrutura”, disse Serhiy Popko, chefe da administração militar da cidade.