Apesar da ameaça de cortar o ponto de quem faltasse ao trabalho, a diretoria da Eletrobras não conseguiu evitar que 80% do seu quadro administrativo aderisse à greve geral nesta sexta-feira, 14, no Rio de Janeiro, onde está a sede da companhia. O movimento foi convocado pelas centrais dos trabalhadores para protestar contra a reforma da Previdência e os cortes do orçamento para a pasta da Educação.

Segundo a assessoria da Eletrobras, o prédio principal da em presa está quase vazio, mas o abastecimento de energia elétrica do País não será afetado por conta disso. Trabalham no local cerca de 650 pessoas.

“A eventual ausência do empregado será tratada como falta imotivada, e, portanto, descontada de sua remuneração. Adicionalmente, cumpre ressaltar que as empresas do grupo possuem planos de contingências, de modo que os serviços essenciais não sejam descontinuados”, disse a Eletrobras ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ao ser questionada ontem sobre os preparativos contra a manifestação dos empregados.

O presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., está trabalhando em São Paulo nesta sexta-feira.

A Eletrobras está passando por uma série de mudanças diante da determinação do governo de sair do controle da companhia, o que será feito por um processo de capitalização. Os últimos detalhes estão sendo fechados e a previsão é de que o modelo de venda saia ainda em junho, com venda em bolsa de valores em 2020.

A estatal enfrenta também no momento uma complicada negociação salarial, acenando com ajuste de 1,5% contra pedido da categoria de 4,5%. A empresa quer também eliminar cláusulas que fazem parte das conquistas sindicais, como a que impede a demissão em massa na companhia, o que vem sendo combatido pelos trabalhadores.

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