Por Laura Sanicola

(Reuters) – O petróleo saltou para um pico de três anos nesta segunda-feira depois que a Opep+ confirmou que manteria sua política de produção atual, uma vez que a demanda por produtos de petróleo está se recuperando, apesar da pressão de alguns países por um aumento maior na produção.

A decisão da organização de produtores de continuar aumentando a produção de petróleo gradualmente fez com que os preços subissem bruscamente, aumentando as pressões inflacionárias que as nações consumidoras temem que atrapalhe a recuperação econômica após a pandemia.

A Opep+ concordou em julho em aumentar a produção em 400.000 barris por dia (bpd) a cada mês, até pelo menos abril de 2022, para eliminar gradualmente os 5,8 milhões de bpd dos cortes de produção existentes.

O petróleo Brent fechou em alta 1,98 dólar, ou 2,5%, para 81,26 dólares o barril. A commodity subiu 1,5% na semana passada, no quarto ganho semanal consecutivo, e voltou às máximas vistas pela última vez em 2018.

O petróleo dos EUA fechou em alta 1,74 dólar, ou 2,3%, para 77,62 dólares o barril, após ganhos nas últimas seis semanas, tendo atingido sua máxima desde 2014.

“Dado o quadro da demanda e o resultado da reunião da Opep, o sentimento geral em torno do petróleo é altista”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLC em Nova York.

A Opep+, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, enfrentou pressão de alguns países para adicionar mais barris ao mercado, já que a demanda se recuperou mais rápido do que o esperado em algumas partes do mundo.

(Reportagem adicional de Noah Browning e Aaron Sheldrick)

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