Os preços dos bens importados subiram em junho impulsionados pelo avanço dos preços do petróleo, sugerindo que uma economia global resiliente tem acelerado a inflação.

Junho registrou o quarto aumento mensal consecutivo. Os preços das importações subiram 0,2% entre maio e junho, de acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, depois de elevação de 1,4% no mês anterior. Economistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam elevação de 0,5%.

O avanço mensal nos preços das importações em grande parte reflete a recuperação do petróleo. Os preços de importação do petróleo subiram 6,4% em relação a maio. Na comparação anual, no entanto, houve queda de 27%.

O aumento do mês passado nos preços de importação foi modesto e a trajetória ainda é incerta. Durante o ano passado, os preços ainda estão abaixo de 4,8%. Mas a tendência de curto prazo é para cima: somente entre fevereiro e maio, os preços de importação tiveram a maior alta em um período de três meses desde o início de 2011.

Excluindo os combustíveis, os preços das importações diminuíram 0,3% entre maio e junho e 2% ante o ano anterior. Os preços dos alimentos caíram 1,3% em maio e 2,5% ante o ano anterior.

A desaceleração nas economias estrangeiras tinha prejudicado a demanda por muitas commodities, pesando sobre os preços no mercado global. O dólar forte, por sua vez, torna as importações relativamente mais baratas para os consumidores dos EUA e as exportações mais caras para os compradores de outros países. Entretanto, o dólar tem se desvalorizado desde o começo do ano, e os preços do petróleo se firmaram desde então, atingindo US$ 50 o barril nas últimas semanas, após terem registrado os menores valores em décadas, abaixo de US$ 30 por barril em janeiro.

Fonte: Dow Jones Newswires.