São Paulo, 17/6 – Depois de alcançar níveis recordes, o preço doméstico do milho começa a perder força e, no próximo ano, deve encontrar estabilidade com uma safra de verão maior, na opinião do diretor técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz. “Devemos ter uma queda mais acentuada agora com o avanço da colheita da safrinha e depois o preço deve encontrar uma estabilidade”, disse Ferraz ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), antes do início a sua participação no InterCorte 2016, evento sobre pecuária bovina que é realizado nesta sexta-feira, 17, na Bienal do Ibirapuera em São Paulo. “Depois desta queda de entrada de safra, a cotação pode recuperar um pouco, mas não voltará mais para o nível anterior”, afirmou. Ele ponderou, no entanto, que fatores como clima e oferta mundial podem frustrar esta expectativa. Para o analista, o preço recorde do grão, por si só, é um incentivo para que produtores aumentem a área de plantio e invistam mais em tecnologia, o que pode elevar a produtividade por hectare. Com isto, a primeira safra do grão em 2017 deve ser maior do que a deste ano. Conforme Ferraz, este ganho é “um caminho sem volta” e deverá consolidar o Brasil com um dos grandes players mundiais na produção e exportação de milho, ao lado dos Estados Unidos.


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