O atual nível do petróleo, que nesta manhã opera acima de US$ 48,50 por barril em Nova York, não dá a produtores de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) qualquer motivação para sustentar os preços da commodity, seja reduzindo ou congelando os atuais níveis de produção, segundo a corretora PVM.

Com exceção do Brasil e do Reino Unido, todos os demais produtores que não integram o cartel têm custos de produção inferiores a US$ 30 por barril.

Na Rússia, por exemplo, o custo foi de US$ 19 por barril em abril e, mesmo que Moscou aceite limitar a produção, não será por querer cooperar com a Opep, mas porque os produtores locais não têm condições de elevar a produção.

Em resumo, os custos de produção são tão baixos que é improvável que haja algum tipo de acordo para congelar a produção, a menos que os preços do petróleo caiam abaixo de US$ 30 por barril de forma sustentável, argumentou a PVM. No começo do mês, a Opep anunciou que vai discutir o assunto informalmente com outros produtores no fim de setembro, às margens de uma conferência sobre energia na Argélia. Com informações da Dow Jones Newswires.