Depois de conquistar em Genebra seu primeiro título na temporada (o 100º na carreira), no último fim de semana, o sérvio Novak Djokovic, atualmente número 6 no ranking da ATP, declarou nesta segunda-feira (26) que precisava “ganhar jogos” antes de Roland Garros.
Três vezes campeão no saibro parisiense, Djokovic estreará no torneio nesta terça-feira contra o americano Mackenzie McDonald (N.98).
O sérvio de 38 anos afirmou que se sentia “diferente” em comparação com as semanas anteriores, quando foi eliminado nas primeiras rodadas dos Masters 1000 de Monte Carlo e Madri.
Pergunta: Antes de começar em Genebra, você disse que este torneio era “muito necessário”. Poderia explicar por que e como espera que isso tenha algum efeito em Roland Garros?
Resposta: “É muito simples, eu precisava ganhar jogos, especialmente no saibro. Não é necessariamente natural para mim jogar bem os primeiros torneios neste piso. Sou o tipo de jogador que precisa de alguns jogos antes dos Grand Slam. Eu me sinto diferente em comparação a duas ou três semanas atrás. Jogava bem inclusive antes do torneio de Madri. Mas se você perde um ou dois jogos consecutivamente, começa a ter dúvidas sobre o seu jogo e não quer estar nesse estado mental antes de entrar em um Grand Slam”.
P: Durante a homenagem a Rafael Nadal no domingo, você se encontrou com Andy Murray (que já não é mais seu treinador). Foi divertido ou estranho? Você brincou sobre já ter ganhado um título sem ele?
R: “Sim, ele me parabenizou e disse: ‘agora que tem um treinador de verdade, é fantástico, você está ganhando torneios’ [Djokovic disse antes de Genebra que não precisava de um treinador no momento]. Ele estava brincando, mas como vocês sabem, Andy é uma pessoa incrível, com quem passei a maior parte da minha carreira no circuito, desde os 12 anos até os últimos dias de sua carreira. Tê-lo na minha equipe para tentar ter esta relação jogador-treinador foi realmente incrível para o tênis e para nós dois. Eu me diverti muito, mesmo sem o sucesso que ambos desejávamos e esperávamos”.
P: Durante a homenagem, o ‘Big 4’ (Andy Murray, Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) estava junto. Você é o último em atividade. O que sentiu naquele momento? Acha que sua jornada terminará em breve?
R: “Honestamente, também estava pensando no meu próprio fim de carreira no discurso de Rafa. Uma parte de mim está orgulhosa de ainda estar aqui, mas ao mesmo tempo, estou um pouco triste por eles já terem parado, esses caras foram uma das minhas maiores motivações para jogar tão intensamente durante tanto tempo. Gostaria de algum dia ter este tipo de momento para poder dizer adeus ao mundo do tênis. Mas não pensei em uma data exata”.