É difícil superar uma obra que é hors-concours. Talvez nem seja essa a proposta de “O Auto da Compadecida 2”, que estreia nos cinemas no dia 25 de dezembro. O objetivo, tanto do filme quanto em sua narrativa, é reencontrar um velho amigo. O site ISTOÉ acompanhou a pré-estreia do filme, que contou com a presença do elenco, e ocorreu na CCXP 2024, neste sábado, 7.
História
Tudo acontece 20 anos depois da história da primeira produção, baseada na obra de Ariano Suassuna – e que passou pela aprovação da família do escritor.
João Grilo (Matheus Nachtergaele) está de volta à cidade de Taperoá para encontrar com o seu companheiro Chicó (Selton Mello). No entanto, ele agora é quase uma “santidade” após ressuscitar.
Disputado pelos dois políticos mais poderosos da cidade, João aplica seus golpes para sobreviver e ganhar dinheiro. Mas, novamente, tudo dá errado e ele passa por um novo julgamento de Nossa Senhora (Taís Araújo).
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Direção
A direção de Guel Arraes ressalta a comédia, emoção e a obra de Suassuna (como no primeiro longa). A fotografia tem ares de cordel. E a voz de Maria Bethânia, em louvor à Nossa Senhora, conduz o espectador. No segundo filme, há uma pitada a mais de crítica social e reflexão — mas sem perder a pegada popular — e ao mesmo tempo com muito esmero do mais alto nível das sutilezas poéticas nas cenas.
Atuação
A dinâmica dos atores segue impecável, como no Auto 1. Selton e Matheus vivem a própria entidade dos personagens – com um leve destaque para Nachtergaele (sem spoilers!).
Pré-estreia
Ao final do filme, o elenco foi ovacionado pelo público. Nachtergaele chorou copiosamente e disse: ‘É um presente de Natal para os fãs’.
Assista abaixo ao trailer oficial:
https://www.youtube.com/watch?v=k7iYh7JREcU