A três semanas para o início do carnaval, os blocos Acadêmicos do Baixo Augusta e Casa Comigo, um dos que mais reúnem foliões em São Paulo, mostraram que a festa na cidade começa cada vez mais cedo. Neste domingo, 10, começaram a desfilar com uma marchinha que dizia que “a terra da garoa virou terra da folia. O carnaval é todo dia”.

Os blocos iniciaram a concentração na Praça da República, no Centro, às 15h e animaram o público com um repertório bastante diverso, que foi das marchinhas tradicionais, como “Me dá um dinheiro aí”, até músicas de rock em inglês de bandas como Nirvana em ritmo de carnaval.

Conhecido por promover a diversidade e a luta contra o machismo e homofobia, o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta manteve presente a campanha contra o assédio às mulheres no carnaval. A cada três músicas, algum dos cantores puxava o coro “não é não”.

Entre os foliões predominam as roupas floridas, arranjos florais e de frutas nos cabelos e acessórios. Os vendedores ambulantes, no entanto, dizem que, apesar do público grande nos blocos neste fim de semana, as vendas de acessórios e fantasias estão fracas.

“No ano passado, vendia de 80 a 100 tiaras por bloco. Esse ano não está chegando a 50, as pessoas estão vindo, mas não compram nada. Espero que melhore até o carnaval”, disse Fabiana Oliveira, de 33 anos.

O único item que os ambulantes dizem estar vendendo bem é a máscara do ator Fábio Assunção, por R$ 10. Além das máscaras do ator, os vendedores dizem que, neste pré-carnaval, a cerveja está concorrendo com outras bebidas destiladas. O “corote” pequena garrafinha de cachaça aromatizada com frutas (morango, maracujá, limão, entre outras), está com procura maior do que em outros anos.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias