Ao falar de sustentabilidade, muita gente associa o tema imediatamente a questões ambientais. O conceito, no entanto, vai muito além e envolve projetos sociais e econômicos. Nesse sentido, preocupações relacionadas à melhoria do meio ambiente e à viabilização de uma vida mais próspera às pessoas devem permear os negócios de todas as organizações. Alinhada a esse pensamento, a CAIXA mostra-se cada vez mais comprometida com o Brasil e os brasileiros, entendendo que o desenvolvimento econômico do País passa, necessariamente, por investimentos em obras de saneamento e infraestrutura. A consequência dessas ações será, inevitavelmente, a geração de renda e emprego.

As operações de saneamento e infraestrutura do banco cresceram 5,2% em 2017, alcançando R$ 82,7 bilhões em dezembro do ano passado

Como parte da agenda de sustentabilidade, na CAIXA todos os projetos – independente do porte – passam por uma verificação quanto ao atendimento dos aspectos sociais e ambientais”. Para alguns financiamentos, o banco aplica os Princípios do Equador, conjunto de diretrizes estabelecidas pelo International Finance Corporation (IFC). Nesses casos, é exigida a incorporação de quesitos como o respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos, combate à mão de obra escrava ou infantil, proteção à saúde e à diversidade cultural e étnica, além da adoção de sistemas de segurança e saúde ocupacional.

Na área habitacional, há várias iniciativas envolvendo projetos voltados à sustentabilidade ambiental. Entre eles, o Selo Casa Azul. Lançado em 2010, é o primeiro sistema de classificação da sustentabilidade de projetos ofertados no Brasil, com financiamento do banco, desenvolvido para a realidade da construção habitacional do País. O Selo envolve seis categorias: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, uso racional da água e práticas sociais. Para incentivar, a CAIXA compartilha 53 ideias sustentáveis que podem ser incorporadas aos projetos. No ano passado, foram contempladas 1.158 unidades habitacionais em seis empreendimentos imobiliários.

A CAIXA disponibiliza taxas de juros diferenciadas para operações com Selo Azul. Outra iniciativa é denominada Madeira Legal, implantada em 2009 para monitorar o uso de madeiras de origem legal em todas as obras de empreendimentos habitacionais financiados pela CAIXA. A ação envolve a exigência do Documento de Origem Florestal (DOF) para todas as madeiras nativas. Além disso, os envolvidos precisam apresentar declaração indicando o volume e a destinação final dessas madeiras na obra.

O incentivo financeiro para instalação de aquecedores solares de água nas casas do programa Minha Casa Minha Vida, destinado às famílias de baixa renda, também está entre as práticas adotadas pelo banco. Desde o lançamento do programa de moradia promovido pelo Governo Federal, já foram contratadas mais de 380 mil unidades por meio do Sistema de Aquecimento Solar de Água (SAS). Atualmente, o SAS é opcional para as residências das regiões Norte e Nordeste, sendo obrigatório no restante do País. É possível substituir esse item por sistemas de microgeração de energia via sistemas fotovoltaicos. O retorno aos moradores é claro e imediato com a redução do consumo de energia no aquecimento da água.

Essas iniciativas demonstram claramente o compromisso da CAIXA com questões de sustentabilidade e infraestrutura, fundamentais para o avanço social e econômico do País. Em 2018, ações de sustentabilidade e meio ambiente serão priorizadas pela CAIXA.

Autogeração de energia chega às agências

Olhar para dentro da organização também é um exercício importante para as empresas, em relação às questões de sustentabilidade. Por isso, a CAIXA vem aprimorando seus próprios conceitos de ecoeficiência, com investimento em modelos de autogeração e autossuficiência energética, além de projetos de conscientização de empregados e parceiros.

Em 2017, todas suas unidades delimitaram horários de acionamento e desligamento da iluminação e ar-condicionado. As lâmpadas fluorescentes tubulares foram substituídas por 243 mil lâmpadas LED, gerando economia de R$ 4,2 milhões com o projeto. O resultado dessas e outras medidas de conscientização do uso do recurso natural e eficiência energética foi a redução de 1,6%/ano do consumo de energia. Em cifras, nada menos do que a economia de R$ 7 milhões.

Os projetos na CAIXA, no entanto, não param por aí. O objetivo é ampliar a autogeração de energia, com instalação de usinas fotovoltaicas. O plano de instalação dos equipamentos foi aprovado em 2016, resultado do investimento de R$ 100 milhões. A primeira agência bancária a contar com seu próprio sistema está localizada no município de Vazante (MG) e tem potência total de 74,5 kWp, composta por 276 painéis solares e quatro inversores. No ano passado, produziu 100 MWh de energia renovável. Até dezembro de 2017, a CAIXA já contava com 109 unidades conectadas à rede da concessionária gerando energia elétrica. A partir daí, deverá ocorrer economia de R$ 13 milhões anualmente, com redução de 3% no consumo de energia.