13/05/2021 - 15:47
MILÃO, 13 MAI (ANSA) – A grife italiana Prada anunciou nesta quinta-feira (13) um conjunto de iniciativas para reforçar o compromisso com a diversidade, a equidade e a inclusão na empresa e na indústria da moda como um todo, para combater acusações de racismo.
“Estamos muito orgulhosos em anunciar este programa articulado, que reflete o compromisso do Grupo Prada em cultivar, contratar e reter talentos na empresa, no que diz respeito à diversidade e para criar uma cultura inclusiva”, celebrou Lorenzo Bertelli, chefe de Marketing e Responsabilidade Social Corporativa da grife.
Para aumentar a representatividade no setor, a marca de luxo lançou um programa de estágio remunerado, firmou parceria com o Fashion Institute of Technology de Nova York (FIT) para a constituição de bolsas de estudo para a formação de profissionais da indústria da moda e universitários negros nos Estados Unidos e na África.
O grupo está também trabalhando com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para desenvolver um curso de formação dedicado à moda – que será lançado inicialmente em Gana e no Quênia – , cujo objetivo é promover a igualdade de gênero na África.
Além disso, a Prada irá colaborar com o artista e inovador social Theaster Gates para criar um “laboratório de design”, destinado a designers e artistas de comunidades minoritárias em Chicago, Nova York e Los Angeles.
“O Grupo Prada está realizando ações reais e significativas que irão expandir a carreira e as oportunidades profissionais para pessoas de cor na indústria da moda”, disse Malika Savell, diretora de diversidade, equidade e inclusão da Prada América do Norte, em um comunicado.
A executiva acrescentou que a Prada reconhece “as barreiras para entrar na indústria da moda e a importância da representação”.
Em 2018, a Comissão de Direitos Humanos de Nova York abriu um inquérito contra a grife italiana depois que a empresa foi duramente criticada por vender estatuetas semelhantes às caricaturas racistas historicamente usadas para desumanizar os negros.
As chamadas criaturas “Pradamalia” – destacadas na vitrine de sua loja no Soho, em Nova York – provocaram indignação por seus lábios vermelhos exagerados, que lembravam caricaturas “blackface”.
Para encerrar a investigação, a Prada concordou em “investir em esforços de justiça restaurativa para combater o racismo e promover a diversidade e inclusão nas atividades de negócios, publicidade e produtos da marca”, segundo uma declaração de fevereiro de 2020. (ANSA)