A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (17) dois suspeitos de terem atirado contra Camila de Andrade Pires Marodim, conhecida como “trafigata”, em janeiro, em Curitiba. Acusada de comandar um esquema de tráfico de drogas na região, Camila estava em prisão domiciliar quando sofreu um atentado.

Imagens de câmeras de segurança mostram Camila e um homem sendo surpreendidos a tiros ao chegarem em uma casa. A mulher conseguiu escapar sem ferimentos, já o homem ficou ferido e foi encaminhado a um hospital.

Conforme os agentes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da capital, dois mandados de prisão contra os suspeitos e dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados a eles foram cumpridos.

Durante a operação, os policiais apreenderam celulares e um carregador de pistola 9 milímetros. De acordo com as investigações, o atentado contra Camila tem ligação direta com o tráfico de drogas.

Na semana passada, a Justiça do Paraná acolheu um pedido do Ministério Público e revogou o direito à prisão domiciliar de Camila. A mulher voltou a ser presa  no último dia 10.

De acordo com o MP, Camila violou as regras da tornozeleira eletrônica. Ela estava em prisão domiciliar desde o fim de 2021. Ainda conforme o MP, a acusada violou quinze vezes o monitoramento eletrônico. Em seis vezes ela teria saído do perímetro de monitoramento e em nove deixou o equipamento sem bateria.

Ao decretar a prisão preventiva da jovem, o juiz Sérgio Bernardinetti afirmou que a decisão, “para além de proteger a sociedade e a autoridade da decisão proferida pelo Egrégio Tribunal de Justiça, que foi desobedecida, servirá para proteger a própria investigada, que estará em segurança no estabelecimento prisional apropriado, sem riscos para sua vida ou integridade física, o que, em liberdade, comprovadamente não ocorre”.