A Polícia Civil do Paraná investiga a suspeita de que as mortes do enfermeiro David Levisio, de 30 anos, e do estudante de medicina Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, de 25 anos, foram motivadas por crime de homofobia. As informações so do G1 e do Uol.

As duas vítimas, que não se conheciam, foram encontradas mortas nos apartamentos em que moravam em Curitiba (PR). A polícia apura se há ligação entre os dois crimes.

A primeira vítima do caso foi David Levisio. O corpo do enfermeiro foi encontrado com as mãos amarradas, de bruços e com sinais de violência, no último dia 30, dentro do apartamento dele.

De acordo com a polícia, os agentes foram até a casa do enfermeiro após amigos notarem que a vítima não respondia mensagens. Para entrar no imóvel, os policiais precisaram acionar um chaveiro.

A situação foi parecida no caso de Marcos Vinício, encontrado morto na quarta-feira (5). A polícia também foi acionada por amigos da vítima, que sentiram falta dele, e um chaveiro precisou ser chamado para abrir a porta do imóvel.

Conforme a polícia, o estudante foi encontrado em cima da cama, com um cobertor até a cabeça, em estado avançado de decomposição, e havia sinais de homicídio por asfixia.

“O modo como os corpos foram encontrados nos apartamentos, estavam em posição semelhante, com uma manta cobrindo a cabeça, dando sinais de que ambos foram asfixiados ou então esganados. Tudo leva a crer que essa pessoa que praticou esses crimes o fez por ódio, em razão da orientação sexual das vítimas”, disse ao G1 o delegado Thiago Nóbrega.

Para Toni Reis, diretor da Aliança Nacional LGBTI+, há muitas semelhanças entre os dois casos. “O modus operandi leva a crer que é uma só pessoa [por trás dos crimes]. Isso é uma dedução nossa”, afirmou Reis ao Uol.