10/04/2023 - 13:19
Resumo:
- A atriz e professora Isabel Oliveira relata ter sido vítima de racismo dentro de uma unidade do mercado Atacadão;
- Ela afirma que um segurança do estabelecimento a perseguiu por cerca de 30 minutos e que precisou fazer um escândalo para ser tratada com dignidade;
- O Atacadão ainda não respondeu aos pedidos de comentário.
A atriz e professora Isabel Oliveira divulgou em seu perfil no Instagram um vídeo no qual afirma ter sido vítima de racismo dentro de uma unidade do mercado Atacadão, localizada em Curitiba (PR). Na gravação, ela aparece aos prantos dizendo que um segurança a seguiu por cerca de 30 minutos e, por conta disso, se sentiu como uma “marginal”.
Ela questionou o funcionário se “estava oferecendo risco” ao estabelecimento e ele respondeu que estava apenas monitorando o corredor. “Eu precisei fazer um escândalo, gritando e pedindo para ser tratada com dignidade”, afirmou.
Isabel ressaltou que ligou para uma delegacia e teria sido informada que “o segurança andar pelo mercado” não pode ser classificado como crime de racismo. “Agora tenho que provar que estou sendo perseguida”, acrescentou.
“Eu entrei (no mercado) para fazer as minhas compras. Isso não dá para admitir. Hoje eu fui a bola da vez, mas não dá para nós sermos vistos como ameaça”, desabafou Isabel.
Depois, a professora retornou ao mercado na companhia de seu marido e ficou de calcinha e sutiã como forma de protesto. Ela afirmou que o seu “corpo é político”.
A IstoÉ o Grupo Carrefour Brasil, que é responsável pelo Atacadão, informou que segue a postura de tolerância zero contra qualquer tipo de racismo. “A companhia abriu apuração interna sobre o caso e suspendeu o funcionário indicado pela senhora Isabel durante esse período de investigação. Imagens internas das câmeras de segurança da loja serão disponibilizadas às autoridades”, completou.
Porém Polícia Civil do Paraná comunicou que ainda não foi notificada sobre o caso.
