A Justiça do Paraná acolheu um pedido do Ministério Público e revogou o direito à prisão domiciliar de Camila de Andrade Pires Marodim, conhecida como “trafigata”. A mulher, acusada de tráfico de drogas a região de Curitiba, voltou a ser presa nesta quinta-feira (10). As informações são do G1.

De acordo com o MP, Camila violou as regras da tornozeleira eletrônica. Ela estava em prisão domiciliar desde o fim de 2021. Ainda conforme o MP, a acusada violou quinze vezes o monitoramento eletrônico. Em seis vezes ela teria saído do perímetro de monitoramento e em nove deixou o equipamento sem bateria.

Ao decretar a prisão preventiva da jovem, o juiz Sérgio Bernardinetti afirmou que a decisão, “para além de proteger a sociedade e a autoridade da decisão proferida pelo Egrégio Tribunal de Justiça, que foi desobedecida, servirá para proteger a própria investigada, que estará em segurança no estabelecimento prisional apropriado, sem riscos para sua vida ou integridade física, o que, em liberdade, comprovadamente não ocorre”.

Atentado

No fim de janeiro, Camila sofreu uma tentativa de assassinato. A jovem havia ido às compras em um mercado próximo à sua casa e quando voltava para casa uma rajada de tiros foi disparada de um carro de cor cinza.

Cerca de 20 tiros foram disparados, mas acertaram apenas o homem que a acompanhava, identificado como Paulo. Ele foi levado ao Hospital do Trabalhador.

Em nota ao G1, o advogado de Camila, Cláudio Dalledone, afirma que as violações da tornozeleira se devem à “busca frenética” da acusada para se manter viva.

“A defesa de Camila Marodin confia no trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil do Paraná para identificar e prender os autores e possíveis mandantes da tentativa de homicídio contra ela”, diz a nota.