O PP afastou o ministro do Esporte, André Fufuca, das decisões partidárias e da vice-presidência nacional da sigla nesta quarta-feira, 8, após sua decisão de permanecer no governo Lula (PT), desobedecendo uma determinação partidária para deixar o cargo.
“O partido reitera o posicionamento de que não fez e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”, escreveu o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP.
Nota oficial – Progressistas pic.twitter.com/rXuiFOacNA
— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) October 8, 2025
Procurado pela IstoÉ para comentar a decisão, Fufuca não respondeu até a publicação desta notícia. O espaço segue aberto à manifestação.
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O atrito entre União, PP e Lula
Com federação anunciada em agosto, PP e União Brasil determinaram no início de setembro que seus filiados deveriam deixar a Esplanada dos Ministérios em um movimento de migração para a oposição. A ordem valia para Fufuca e Celso Sabino (União), do Turismo, que são deputados federais licenciados.
Desde então, com o recrudescimento da popularidade do governo, a dificuldade para construir unidade na oposição e as ambições eleitorais dos ministros colocadas, a debandada vem sendo adiada.

Celso Sabino, ministro do Turismo, anunciou permanência no cargo
Sabino chegou a entregar sua carta de demissão, mas tem articulado para ficar no cargo ao menos até a COP30, que será realizada em novembro em Belém e é vista como uma boa vitrine para sua ambição de concorrer a senador pelo Pará, em 2026, com o apoio de Lula. Nesta quarta, ele anunciou que ficará na pasta.
Já Fufuca participou de cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida no Maranhão ao lado do petista e reafirmou que apoiará sua reeleição. “Minha alma, meu coração e minha força de vontade estarão livres para brigar a ajudar Lula a ser [reeleito] presidente“, disse ele, que tem sido incluído em pesquisas de intenção de voto para o Senado no estado.