Poupado pela denúncia da PGR, nesta terça-feira, 18, Valdemar da Costa Neto foi apontado pelo tenente-coronel Mauro Cesar Cid como integrante do grupo radical que defendia uma tentativa de golpe a Jair Bolsonaro.
Em sua delação, que teve o sigilo levantado por Alexandre de Moraes nesta quarta-feira, 19, Cid disse que o presidente do PL era de um subgrupo dos radicais: os “menos radicais”. Segundo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, esse grupo defendia uma ação mais contundente contra a veracidade do sistema eleitoral e contra as urnas eletrônicas.
Além de Valdemar, o grupo, segundo Cid, era composto pelo deputado General Pazuello, pelo Major Angelo Martins Denicoli, que ocupava um cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão de Pazuello, e por outras pessoas que “prestavam assessoramento técnico”.
Na primeira coletiva de imprensa após o segundo turno em 2022, no dia 8 de novembro daquele ano, o presidente do PL disse que não reconhecia o resultado das urnas. Valdemar, na época, afirmou que o relatório de auditoria do Ministério da Defesa, “com certeza”, apresentaria algo.
Segundo a denúncia da PGR, Bolsonaro e seus aliados sabiam que não havia qualquer indício de irregularidade no processo eleitoral, mas insistiram na propagação de informações falsas.