SÃO PAULO, 1 JAN (ANSA) – O presidente eleito Jair Bolsonaro toma posse nesta terça-feira (1) sob o maior esquema de segurança já visto em Brasília, que inclui até dois mísseis antiaéreos capazes de abater aviões a até sete quilômetros de distância.   

A Força Aérea Brasileira (FAB) já mantém em alerta o sistema de defesa específico para os céus em caso de emergência. Além disso, as áreas de exclusão, com três níveis de restrição, foram acionadas ao meio dia. Só aeronaves autorizadas, como o helicóptero que transmitirá as imagens da posse, poderão sobrevoar a Esplanada dos Ministérios e os locais por onde passará, a partir das 14h, o cortejo presidencial. As restrições de voos não afetam o aeroporto internacional da capital, distante da Esplanada.   

Na última semana o atual presidente Michel Temer emitiu uma ordem autorizando a derrubada de aeronaves que invadirem o espaço aéreo de Brasília no evento. Ao todo, 20 caças poderão ser acionados a qualquer momento para enfrentar ameaças, incluindo aeronaves supersônicas. Todos os aviões serão proibidos de voar em um raio de 7,4 quilômetros a partir da Praça dos Três Poderes. A expectativa é de que Bolsonaro deixe a Residência Oficial da Granja do Torto, onde passou a virada do ano com familiares às 14h06 . Ele deve chegar à Catedral, onde começará o desfile pela Esplanada, às 14h30. Pelo roteiro às 15h ele estará no Congresso Nacional de onde sairá, cerca de uma hora depois, para o Palácio do Planalto já como presidente do Brasil.   

Imprensa Cerca de 1,1 mil profissionais de imprensa, sendo 200 estrangeiros, credenciados para cobrir a posse do presidente eleito já estão distribuídos nos locais onde as cerimônias vão ocorrer, mas a maioria tem enfrentado diversas barreiras em decorrência da segurança excessiva.   

O grupo precisou chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil, sede da transição do governo, às 7 da manhã, para passar por uma revista em detectores de metais antes de embarcar em ônibus para o Congresso, onde foram revistados novamente. Apesar da exceção aberta à imprensa para uso de mochila com equipamentos de trabalho como notebooks, gravadores e microfones, as mesmas restrições feitas ao público em geral tiveram que ser seguidas. Garrafas de água mineral, por exemplo, foram recolhidas. Além disso, os jornalistas foram orientados que a comida deveria ser levada em sacos plásticos transparentes, mas alguns profissionais foram impedidos de entrar na área com uma maça que levavam na mochila. A orientação é que qualquer fruta deveria estar fatiada. (ANSA – Com informações Agência Brasil)