A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 238,539 bilhões, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 7, pela instituição. O montante tem como referência o dia 1º de março. A posição cambial líquida encerrou 2023 em US$ 238,568 bilhões e ficou em US$ 237,901 bilhões no fim de janeiro.

A posição cambial líquida traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo. É considerado pelo órgão o indicador correto para medir a resistência do País a choques externos.

A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

As reservas internacionais encerraram a semana passada em US$ 353,291 bilhões. No fim de 2023 estavam em US$ 355,034 bilhões e fecharam janeiro em US$ 355,066 bilhões.

Perda com swap cambial

Após registrar prejuízo de R$ 10,002 bilhões com sua posição em swap cambial pelo critério de caixa em janeiro, o Banco Central (BC) teve resultado ainda negativo, de R$ 409 milhões com esses contratos em fevereiro.

Pelo conceito de competência, houve perdas de R$ 789 milhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

Com a rentabilidade na administração das reservas internacionais, houve lucro de R$ 5,843 bilhões. Entram no cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

Já o resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 6,236 bilhões no período. O resultado das operações cambiais, por sua vez, mostrou perda de R$ 7,025 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas ao fornecimento de hedge ao mercado em tempos de volatilidade e à manutenção de um colchão de liquidez para momentos de crise.

Acumulado do ano

No acumulado do primeiro bimestre mais o primeiro dia útil de março, o resultado com a posição de swaps cambiais do BC foi negativo em R$ 10,450 bilhões pelo critério caixa e em R$ 6,529 bilhões pelo conceito de competência.

Com a rentabilidade na administração das reservas internacionais, houve ganho de R$ 32,659 bilhões no acumulado do ano até o dia 1o de março. O resultado líquido das reservas ficou positivo em R$ 5,201 bilhões. Já o resultado das operações cambiais mostrou prejuízo de R$ 1,327 bilhão.