A Justiça condenou a portuguesa Adélia Barros, processada por racismo contra os filhos de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Ela respondeu por injúria ao proferir ofensas aos menores, durante passeio da família em Portugal, em julho de 2022.

Adélia Barros foi condenada a oito meses de prisão, mas cumprirá a pena em liberdade. De acordo com o jornal português Público, foi aplicada ao caso uma “pena suspensa”, condição prevista na lei do país que permite ao condenado o cumprimento da pena em liberdade, desde que não volte a cometer o crime por um determinado período. No caso de Adélia, a condição é de quatro anos.

A Justiça portuguesa determinou, ainda, que Adélia deverá pagar uma indenização de 14 mil euros à família, valor equivalente a R$ 85 mil na cotação atual, e menos da metade da indenização exigida pelo casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso no processo: 35 mil euros (ou R$ 213 mil).

Adélia foi condenada a pagar, ainda, 2.500 euros (R$ 15.200) à associação SOS Racismo.

Na decisão, o juiz determinou que a ré seja internada para tratar o alcoolismo, já que a defesa alegou que seu estado alcoólico foi determinante para a conduta dela contra os menores.

“Espero que perceba que estas situações não são aceitáveis e que as expressões são marcantes”, afirmou o juiz, segundo o jornal Público.

A ré foi acusada de injúria e difamação, mas no segundo caso, foi absolvida porque as ofensas foram proferidas diretamente, caracterizando, segundo a lei portuguesa, injúria.

Em entrevista ao mesmo jornal, os advogados de Ewbank e Gagliasso comentaram o caso.

“A pena está de acordo com o direito português, que ainda tem algumas limitações nesta matéria, e as condições impostas estão em linha com o que defendemos, tendo também um importante valor simbólico quanto àqueles valores”, publicou o jornal.

Já a defesa de Adélia Barros disse que a cliente não se manifestará sobre o caso, mas adiantou que os advogados vão recorrer da decisão.