Portugal prorrogou até a próxima quarta-feira as medidas preventivas diante de um maior risco de incêndios florestais devido às altas temperaturas previstas para os próximos dias, informou o governo nesta quinta-feira (7).
Frente às “previsões meteorológicas desfavoráveis”, o Executivo decidiu manter essas medidas porque até agora permitiram “uma diminuição do número de incêndios”, explicou a ministra do Interior, Maria Lúcia Amaral, em uma coletiva de imprensa.
As medidas de prevenção, que entraram em vigor no domingo após o governo português declarar Situação de Alerta, consistem em proibir o acesso a determinadas áreas florestais, a realização de certos trabalhos agrícolas ou o uso de fogos de artifício.
Entre sábado e segunda-feira, as temperaturas máximas “se manterão elevadas” e poderão alcançar 43°C em algumas regiões, indicou o Instituto Meteorológico Nacional (IPMA).
A Península Ibérica foi atingida nos últimos dias pela segunda onda de calor do verão, que esteve acompanhada de vários incêndios florestais.
Em Portugal, mais de 42.000 hectares arderam desde o início do ano, segundo informações provisórias do Instituto de Natureza e Florestas (ICNF).
Os especialistas consideram que a multiplicação das ondas de calor, que favorecem os incêndios, é uma consequência das mudanças climáticas.
O governo português garantiu, nesta quinta-feira, que o dispositivo de combate aos incêndios segue completamente mobilizado, com o envio de centenas de bombeiros.
Dois aviões militares C-130 também serão equipados para participar das operações de combate aos incêndios.
No longo prazo, o governo comprometeu-se a aprovar um plano para as florestas destinado a reforçar a prevenção dos incêndios, valorizar a economia florestal ou esclarecer a propriedade das terras.
Também está estudando a possibilidade de aumentar as penas relacionadas aos crimes de incêndios florestais.
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