LISBOA, 15 JAN (ANSA) – O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o Parlamento nesta segunda-feira (15) e confirmou a realização de eleições legislativas antecipadas em 10 de março, após a renúncia do primeiro-ministro Antonio Costa no início de novembro.
Portugal mergulhou em uma crise política que culminou na demissão do premiê após uma série de prisões e buscas que resultaram na acusação do chefe de gabinete de Costa e de seu ministro da Infraestrutura, por tráfico de influência.
Na época, o Ministério Público esclareceu que o chefe de governo, que lidera o país desde 2015, também estava sob investigação.
Costa anunciou imediatamente sua renúncia, especificando que não buscaria um novo mandato. Ele estaria sendo acusado de prevaricação, ou seja, crime praticado pelo servidor contra a administração.
Os partidos do país já se preparam para as próximas eleições.
O Partido Socialista, que lidera as intenções de voto sem, no entanto, obter a maioria absoluta segundo as últimas pesquisas, designou Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral em dezembro.
Por sua vez, o Partido Social-Democrata (PSD, de centro-direita), liderado por Luis Montenegro, firmou um acordo de coalizão com dois pequenos partidos de direita, incluindo o CDS-PP, com o qual havia governado o país entre 2011 e 2015.
O partido de extrema-direita Chega, elevado à posição de terceira força política com 12 deputados eleitos nas eleições de janeiro de 2022, iniciou sua campanha eleitoral após realizar seu congresso no fim de semana no norte do país. (ANSA).