O Porto do Açu, no Rio de Janeiro, firmou acordo com a britânica YamnaCo para reservar uma área destinada à construção de uma fábrica de amônia verde. A planta, que deverá produzir até 1 milhão de toneladas anuais, se beneficiará da futura produção de hidrogênio verde no complexo portuário, consolidando o Açu como um hub estratégico de baixo carbono. A iniciativa faz parte de um projeto que já conta com 3 milhões de metros quadrados reservados para operações relacionadas a hidrogênio verde e seus derivados.
A amônia verde, considerada uma solução promissora para a descarbonização da indústria marítima, tem aplicações como combustível para navios, produção de fertilizantes e geração de energia térmica. A Yamna prevê tomar a decisão final de investimento até 2027 e iniciar a produção em 2030. O diretor-executivo da empresa, Abdelaziz Yatribi, destacou o caráter colaborativo do processo, que facilita uma implementação bem-sucedida do projeto.
Para Mauro Andrade, diretor-executivo da Prumo Logística, responsável pelo Porto do Açu, a parceria fortalece o posicionamento do complexo como líder na produção de hidrogênio e amônia verdes. O Porto do Açu já desempenha papel relevante na logística de exportação nacional, incluindo minério de ferro do Complexo Minas-Rio e petróleo e gás, e agora busca ampliar sua contribuição para a transição energética global.
A localização estratégica do Brasil e a infraestrutura avançada do Açu foram destacadas como diferenciais pelo diretor-presidente do porto, Eugênio Figueiredo. O projeto também recebeu elogios do diretor-executivo do Porto de Antuérpia-Bruges Internacional, Kristof Waterschoot, que enxerga o Açu como peça-chave para criar um corredor verde de exportação de moléculas verdes do Brasil para a Bélgica, alinhando-se ao compromisso de neutralidade climática até 2050.
Com informações de Notícias de Mineração.