Uma investigação preliminar sobre o incidente envolvendo um Boeing 737 MAX 9 da companhia aérea Alaska Airlines, ocorrido no início de janeiro, revelou nesta terça-feira (6) que faltavam parafusos que deveriam garantir a fixação de uma porta cega que se soltou durante o voo, conforme o órgão responsável.

Segundo a Agência Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês), a falta de desgaste ou deformação em alguns furos “indica que faltavam quatro parafusos destinados a evitar que a porta de encaixe se movesse para cima antes de se deslocar para fora do batente”.

A agência reuniu documentos escritos e fotografias que mostram que os funcionários de Boeing retiraram quatro parafusos destes lugares durante uma inspeção na planta de Renton, no estado de Washington (oeste), antes da entrega do avião em outubro.

Esta operação foi realizada para substituir cinco rebites danificados na cabine da aeronave. Outras fotografias feitas após a substituição dos rebites mostram que pelo menos três dos parafusos não tinham sido recolocados.

Esta porta cega foi utilizada para bloquear uma saída que não estava prevista para ser utilizada, pois o modelo já conta com saídas de emergência suficientes nesta configuração.

No dia 5 de janeiro, o painel se desprendeu da fuselagem em pleno voo, depois que o 737 MAX 9 da Alaska Airlines havia decolado de Portland, no Oregon, com destino a Ontario, na Califórnia. O incidente apenas deixou alguns feridos leves.

A United Airlines, proprietária da maior frota de 737 MAX 9 com 79 aviões, disse que havia encontrado “parafusos que precisavam de um ajuste adicional” durante as verificações de controle.

Nos últimos meses, os aviões Boeing experimentaram uma série de problemas e, como consequência disso, a companhia americana teve que adiar suas entregas.

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