 "Alan Santos/PR")
Em reunião com líderes democratas na Casa Branca nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exibiu bonés com a estampa “Trump 2028“, em alusão à próxima campanha eleitoral americana.
Exibido em tom de provocação aos opositores, os bones aparecem em manifestações de apoiadores do republicano e são comercializados pela Trump Store, loja oficial das organizações Trump (veja abaixo).
No texto promocional do item, vendido por US$ 50 (cerca de R$ 266,51, pela cotação do dia), uma sugestão: “Reescreva as regras com Trump 2028”.
A provocação se deve a um fato: no ano em questão ou em qualquer outro, o republicano não poderá concorrer a um novo mandato dentro das regras constitucionais.
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Trump não pode se reeleger
De acordo com a 22ª Emenda à Constituição dos EUA, de 1951, um presidente pode ser eleito por, no máximo, dois mandatos, sejam seguidos ou não. Como Trump já governou o país entre 2017 e 2021, não poderá concorrer ao cargo no executivo novamente.
No Brasil, a regra é diferente. Um mandatário pode ser reeleito por um único período subsequente, mas não há restrição a uma nova eleição, desde que não seja consecutiva. O exemplo mais conhecido é o de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que presidiu o país por oito anos, de 2003 a 2010, e novamente desde janeiro de 2023.
Antes da 22ª Emenda à Constituição dos EUA, havia uma tradição – estabelecida por George Washington em 1796, quando se retirou da disputa para um terceiro mandato para que não tivesse a “autoridade de um rei”. Desde então, os presidentes eleitos em segundo mandato costumeiramente não concorriam em um terceiro pleito seguido.
O único a quebrar a tradição foi Franklin Delano Roosevelt. Com a popularidade elevada após a Grande Depressão, conseguiu governar os EUA por quatro mandatos. Foi esse fato que levou os políticos americanos a elaborarem a 22ª Emenda, argumentando que uma gestão de tanto tempo representaria um risco à democracia.