Portugal está ativamente tentando achar as melhores formas de atrair e aumentar o investimento direto estrangeiro, tem conseguido boas críticas e bons resultados, mas o país luso ainda não está na primeira divisão mundial para os investidores globais.

A boa comunicação que os seus políticos conseguem na mídia internacional ajuda a sublinhar as muitas qualidades e reconhecimento internacional do país, mas Portugal ainda não conseguiu um argumento imbatível para que os grandes investidores internacionais aterrem regularmente nos aeroportos e praças financeiras de Lisboa, como neste momento já está acontecendo no Brasil.

Grandes organizações não governamentais colocam o país europeu no cimo em alguns rankings econômicos, mas o grande capital ainda não escolheu Lisboa como porto de primeira linha.

O Eurostat diz que Portugal é o 6º, entre 24 países, com a maior percentagem de energia gerada por fontes renováveis; o Banco Mundial diz que o país luso é o primeiro, entre 190, na categoria de “Comércio Internacional”; o Global Peace Index determina que Portugal é a terceira nação mais segura do mundo e nos rankings do turismo eles são uma máquina de colecionar troféus.

E mesmo quando a OCEDE coloca Portugal no 2º lugar — entre 67 países — como o mais recetivo para receber investimento estrangeiro, quando chega a hora de fazer as contas à quantidade de dinheiro realmente investido essa “recetividade” não vira logo uma caixa forte, e Portugal já não classifica nos primeiros 25 lugares em nenhuma lista.

De acordo com o índice GFICA — que mede a atratividade global para o Investimento direto estrangeiro, e contabiliza anualmente 70 fatores distintos — destinado a ajudar grandes empresas multinacionais (sobretudo dos países ´do médio oriente onde a liquidez é grande) a decidir onde fazer os seus investimentos, Portugal classifica na 28ª posição, entre 109 países.

Segundo este índice internacional os fatores que mais prejudicam a reputação lusa no momento de decisão de investimento — e que impedem o país de chegar ao top — são: a volatilidade do crescimento económico, o tamanho da dívida pública, o alto preço do crédito e uma considerável carga fiscal comparando com outros países da Europa.

Resolvendo isso, Portugal vai ficar bom demais!