Por que Abel Ferreira ‘comparou’ Rony com Simone Biles após empate do Palmeiras?

Autor do gol de empate do Palmeiras diante do Internacional, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro, o atacante Rony teve a sua situação comparada a ginasta Simone Biles por Abel Ferreira. O treinador admitiu que Rony não vive um dos seus melhores momentos com a camisa do Palmeiras, mas considera normal que os atletas alternem momentos bons e ruins, pois “não são máquinas e não são perfeitas”.

“(Rony) É criticado pelo torcedor, é cobrado pelo treinador, e ele sabe disso, que nós esperamos dele mais e melhor. Não é o único, mas esperamos mais rendimento dele. Como já falei a todos, os jogadores não são máquinas e não são perfeitas. Tem momentos em que estão top, tem momentos em que estão em baixa”, pontuou.

Ao citar “quebra de confiança” e “questões emocionais”, Abel Ferreira usou Simone Biles como exemplo. Depois de desistir de algumas provas na Olimpíada de Tóquio, em 2021, para cuidar da saúde mental, a norte-americana vem dominando a ginástica em Paris. Já são três medalhas de ouro.

“Estava a falar da Simone Biles que foi campeã do mundo e que um ano depois teve que parar por problemas psicológicos. Voltou em grande forma, vocês viram, não dando a mínima chance à Rebeca, que fez Jogos Olímpicos absolutamente extraordinários. Mas o futebol é mesmo isso”, disse Abel Ferreira.

“Há momentos em que a equipe ajuda o jogador a puxar a sua forma, mas é isso que queremos e esperamos do Rony e dos nossos centroavantes. Somos uma equipe que produz, temos tido uma boa eficácia defensiva, mas em relação à nossa eficácia ofensiva não estamos no nosso melhor momento, por tudo aquilo que já falei: quebra de confiança, questões emocionais ainda a serem trabalhadas, o ritmo competitivo de alguns jogadores, melhorar nossa equipe fisicamente também. Tem muito a ver com isso”, completou.

O ataque do Palmeiras, assim como o time, não atravessa um bom momento. Depois de passar em branco nas derrotas para Fluminense, Vitória e Flamengo, o alviverde voltou a marcar no empate com o Internacional, por 1 a 1.

“FALTA EDUCAÇÃO”

Questionado sobre as últimas semanas sob pressão por resultados, Abel foi enfático ao apontar que “falta educação” no Brasil de um modo geral: “Dos torcedores, dos dirigentes”. “Eu sempre fui bem tratado pelos brasileiros de todos os times. O Brasil é um país maravilhoso, com potencial extraordinário. Pena que não cobrem ‘Ordem e Progresso’ em todas as camadas da sociedade brasileira”, finalizou.

O técnico também comentou sobre o que seriam ataques da imprensa “rasa”. De acordo com ele, é possível saber “quem são os profissionais sérios”, mas ressaltou: “Eu não estou no futebol brasileiro há quatro dias. Estou há quatro anos. Eu mereço respeito. Eu sei quem faz jornalismo sério. Não estou livre dos erros”.