No momento em que a crise climática se torna um dos temas ainda mais prioritários nos fóruns internacionais de meio ambiente, uma boa notícia emerge do litoral brasileiro: cresce de forma perceptível a população de baleias-jubarte. Estudo do Instituto Baleia- Jubarte estima que vinte e cinco mil exemplares dessa espécie passaram pelo País ao longo do ano passado. Esse número é significativo porque o mamífero já esteve em situação muito próxima da extinção. Tal condição fez com que, em 1966, o governo federal proibisse a sua caça, o que acarretou na reformulação do sistema de pesca nacional. Hoje, os especialistas relacionam a redução de alguns problemas provocados pela crise climática ao ressurgimento das baleias-jubarte nos oceanos. Elas são gigantescas e têm a capacidade de absorver por ano cerca de dois bilhões de toneladas de CO2. Isso contribui para a redução do aquecimento global.

CULTURA
Os brasileiros querem ler

BOA TENDÊNCIA Livrarias oferecem cada vez mais espaços reservados à leitura: conquista de público (Crédito:Istockphoto)

Há uma excelente tendência no País no campo cultural: os brasileiros estão querendo ler cada vez mais — e, pelos dados disponíveis, tal movimento veio para ficar. Isso explica o crescente número de livrarias após a pandemia. Estudos da Associação Nacional de Livrarias (ANL) mostram que, entre abril de 2021 e novembro do ano passado, surgiram centenas de estabelecimentos desse ramo no Brasil – alguns, que haviam fechado as portas, reabriram-nas; e muitos são novos mesmo. Junto a tal tendência há ainda outra igualmente bem-vinda: as casas de livros desenvolvem ciclos de debates e leituras em grupos. Calcula-se que o País tenha atualmente mais de 2,7 mil livrarias. Se for tomada a data de 7 de novembro de 2022 como marco para se fixar o crescimento do mercado, tem-se que o saldo de vendas no ano foi de 47,65 milhões de exemplares, o que implica alta de 4% em relação a 2021. O faturamento no ano passado, de acordo com o 11º Painel do Varejo de Livros no Brasil,
foi de R$ 2,6 bilhões, embutindo um crescimento de 8,59%.

VATICANO
Papa Francisco reabre o caso Emanuela Orlandi

MISTÉRIO Emanuela Orlandi: desaparecimento após aula de música (Crédito:Divulgação)

Há chances de se descobrir o paradeiro de uma pessoa após quarenta anos de seu desaparecimento? O Vaticano acredita que sim, e, por isso, vai reabrir a investigação sobre Emanuela Orlandi. Na época, ela tinha 15 anos de idade e a família morava na cidade do Vaticano. Ela passava os dias estudando música nas dependências da Santa Sé, já que o seu pai era um funcionário papal. O caso se tornou famoso porque, em 1983, de uma hora para outra, a garota simplesmente desapareceu. A partir desse instante os familiares, principalmente Pietro Orlandi, irmão mais velho de Emanuela, começaram a procurá-la. O tempo passou. Inúmeras investigações dentro e fora da igreja ocorreram, mas o caso nunca foi solucionado. E, quando não há explicação cabal a respeito de qualquer assunto ligado ao Vaticano, surgem as mais diversas teorias da conspiração para elucidar a situação. Há duas histórias, nesse sentido, que mesmo sem comprovação estremeceram até as paredes da Basílica São Pedro por estarem vinculadas as máfias siciliana e turca. Na primeira, a jovem Emanuela teria sido sequestrada para ser moeda de troca. Os criminosos queriam a liberdade de Mehmet Ali Ağca, turco que atentou contra a vida do papa João Paulo II, em 1981. Na outra hipótese, considera-se que ela morreu pelas mãos de Enrico de Padis, mafioso da Sicilia e membro da área de finanças do Vaticano. A imprensa inglesa também especula sobre o fato e pontua que a Justiça eclesiástica, na verdade, mira o desaparecimento de outra jovem, chamada Mirella Gregori, duas semanas antes de Emanuela. Essas e outras conjecturas estimulam a imaginação de inúmeras pessoas por todo o mundo. Mas quem deve dar um ponto final a esse episódio trágico da história italiana é Alessandro Diddi, promotor romano que, a pedido do papa Francisco, irá liderar as buscas por Emanuela.

EMPENHO Pietro Orlandi: irmão da jovem e incansável na busca por respostas (Crédito:ANDREAS SOLARO)