Por que a maioria dos concurseiros desiste antes de alcançar a aprovação?

O professor Thallius Moraes explica os principais motivos que levam candidatos a abandonarem os estudos e como superá-los com métodos eficazes

Thallius Moraes
Thallius Moraes Foto: Reprodução

A jornada rumo à aprovação em concursos públicos é longa e desafiadora. Segundo especialistas, uma parcela significativa dos candidatos desiste antes de alcançar o objetivo. Fatores como expectativas irreais, falta de planejamento, desgaste emocional e financeiro são apontados como as principais causas desse abandono.

Para Thallius Moraes, professor especialista em concursos e CEO do Esquadrão de Elite, esse fenômeno está ligado à forma como o estudante encara o processo. “Muitos candidatos enxergam o concurso como uma prova, quando, na verdade, ele é um projeto para a vida. Sem essa visão de longo prazo, é natural que as frustrações apareçam cedo e a vontade de parar venha logo depois”, afirma.

Entre os principais motivos de abandono estão a ausência de uma rotina estruturada, metas mal definidas, pressão emocional e a falsa expectativa de aprovação rápida. “O concurseiro precisa entender que esse é um caminho com altos e baixos. Não dá pra esperar passar em dois ou três meses. Quando essa ilusão cai por terra, muitos desistem”, complementa Thallius.

De acordo com ele, ter um plano de estudos claro, adaptado à realidade e ao ritmo de cada pessoa, é o primeiro passo para evitar a desistência. “Uma rotina eficiente não significa estudar o dia inteiro. Significa saber o que estudar, quando estudar e, principalmente, por que estudar. Estudar sem propósito é o que leva muitos à exaustão e ao abandono”, explica o professor.

A falta de resultados imediatos também desanima. O estudante compara sua performance com a de outros candidatos ou sente que não está avançando no conteúdo como gostaria. “Isso é normal. O avanço no estudo de concursos é invisível nos primeiros meses. Mas ele existe. Persistir mesmo sem enxergar o progresso é o que separa os aprovados dos desistentes”, pontua Thallius.

Outra armadilha comum, segundo ele, é a autossabotagem: “O candidato começa a criar desculpas para não estudar, se sabota com distrações, culpa o edital ou o tempo. E, aos poucos, se distancia da disciplina necessária para manter a constância.”

Ainda segundo ele, não basta apenas estudar; é necessário aprender a descansar e cuidar da saúde emocional. “Não adianta virar noites, estudar 12 horas e ignorar o sono, a alimentação, o convívio social. Isso só acelera a desistência. O equilíbrio é um dos pilares da aprovação.”

Por fim, ele deixa um conselho para quem está desanimado: “Todo aprovado foi, um dia, alguém que pensou em desistir, mas decidiu continuar. Acredite: basta uma única nomeação para transformar a sua vida. Mas é preciso resistir até ela chegar”, conclui Thallius Moraes.