O líder do governo no Senado é Fernando Bezerra, investigado por corrupção. O líder do governo na Câmara é Ricardo Barros, investigado por lavagem de dinheiro. Arthur Lira, o recém-eleito presidente da Casa, apoiado por Jair Bolsonaro, é réu no STF e condenado.

Fernando Collor é o novo conselheiro presidencial. Dias Toffoli e Gilmar Mendes são agora ministros alinhados com a “família rachadinha”. Lula, PT, partidos de esquerda e a imprensa vermelha, outrora odiada, são os atuais parceiros nos ataques à Lava Jato e a Sergio Moro.

Privatizações prometidas, como “TV Lula” e o “Trem Bala da Dilma”, jamais saíram da fase de promessa de campanha, e as estatais continuam servindo como cabides de empregos para o famigerado troca-troca entre cargos e salários e apoio e proteção no Congresso Nacional.

Mas o amigão do Queiroz é diferente; ele é honesto, patriota e só pensa no País e no povo. Já eu, um reles fofoqueiro “rola-bosta”, que escreve (mal) sobre os acontecimentos políticos deste Brasil, sou comunista, lixo, vendido, paga-pau do Doria, anti-patriota, safado e FDP.

O pai do senador das rachadinhas é um pobre coitado, atacado 24 horas pela imprensa, mas jamais deu motivos para tamanha perseguição. É um probo que faz tudo certinho, não ofende ninguém e precisa do “povo unido” para lhe ajudar a salvar o Brasil dos comunas satânicos.

Não era diferente nos tempos em que a cleptocracia lulopetista estava no Poder. Quanto mais eu batia no corrupto e lavador de dinheiro, Lula da Silva, e na doidivanas estoquista de vento, Dilma Rousseff, mais a canhota me atacava, inclusive com estes mesmos tipos de adjetivos.

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O meliante de São Bernardo foi flagrado roubando. Centenas de testemunhas confirmaram. Provas e mais provas foram colhidas. A Justiça o condenou uma, duas… três vezes! Mas a malta jura, de pés juntos, que o tadinho é inocente e que tudo não passou de uma armação.

Há uma veneração tóxica por políticos populistas – em todo o mundo, é verdade -, mas, por aqui, beira as raias da loucura. A imprensa independente é tratada como inimiga do povo e culpada pelos agouros da nação, enquanto os pilantras são defendidos e idolatrados.

Para bolsoloides e petralhas; lulistas e bolsonaristas; extremistas de direita e esquerda; tipos que nasceram para obedecer e não reclamar; gente domesticada que paga, não recebe, não se importa e aplaude, as pessoas livres e independentes são os inimigos a serem batidos.

Eu já me acostumei com a estupidez sub-humana dessa sub-raça doente e sinceramente não me importo; ao contrário, até me divirto. Mas não deixa de ser desanimador constatar que ao menos 45% dos eleitores são constituídos por gente incapaz de tentar mudar o rumo do País.

Lula passou e Bolsonaro passará. Mas a manada, não. Estará sempre confinada, no mesmo curral eleitoral, à espera do novo pastor. Precisam de um pai, uma mãe, um mito. Não sabem viver sem alguém a lhes tutelar e apertar o cabresto. Pena! Poderiam ser felizes; não serão.


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