O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Bola”, envolvido no desaparecimento de Eliza Samudio, foi preso novamente nesta terça-feira, 3, em Vespasiano (MG), acusado de outro homicídio que ocorreu em 2009, em Belo Horizonte (MG). As informações são do programa Bom Dia Minas Gerais, da TV Globo.

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A nova prisão é consequência do assassinato do motorista Devanir Claudiano Alves, morto um ano antes do caso Eliza Samudio. Segundo denúncia do Ministério Público, Bola teria sido contratado pelo comerciante Antônio Osvaldo Bicalho para cometer o crime pelo fato de o mandante suspeitar de um possível envolvimento da vítima com sua esposa.

Em 2019, Bola, que já estava condenado e preso pelo caso Eliza Samudio, foi a júri popular e condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de Davanir. Já o comerciante foi sentenciado a 14 anos de reclusão. Na ocasião, foi concedido aos réus o direito de recorrer em liberdade.

Como o processo sobre a morte da modelo está sob sigilo, não é possível determinar quando Bola foi solto neste caso. No entanto, com o fim dos recursos referente à morte do motorista, Bola precisou voltar à prisão.

Relembre o caso

A modelo Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após deixar o Rio de Janeiro a convite de Bruno Fernandes das Dores de Souza, então goleiro do Flamengo. A mulher havia se relacionado com o atleta e deu à luz um filho do jogador cerca de quatro meses antes do crime.

Durante a gestação, a vítima foi à Justiça para denunciar supostas agressões de Bruno e tentativas de forçá-la a abortar. Eliza desejava que o atleta assumisse a paternidade da criança.

Vinte dias após a última vez em que a modelo foi vista, as autoridades receberam denúncias anônimas que acusavam Bruno de espancar a mulher até a morte com dois amigos em uma propriedade do goleiro em Esmeraldas (MG). O filho do atleta com Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela esposa do jogador, Dayanne Rodrigues, e foi encontrado no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves (MG).

Um dos envolvidos detidos, um jovem de 17 anos, apontou que Marcos Aparecido dos Santos teria sido responsável por manter Eliza em cativeiro e a executar, esquartejando o corpo posteriormente, além de desovar o cadáver.