O Palmeiras teve uma mudança significativa na comissão técnica durante a parada por conta da pandemia. O preparador de goleiros Oscar Rodriguez deu lugar a Rogério Godoy. Rogerião, como é conhecido, trabalhou com Vanderlei Luxemburgo no Grêmio e veio quando os atletas ainda estavam treinando em casa, como monitoramento à distância.

A chegada do novo profissional aconteceu em 25 de junho e em pouco tempo ele já teve o gostinho de ser campeão pelo Aliverde, mantendo a rotina de títulos anuais no Tricolor gaúcho.

– Olha, fico extremamente feliz. A oportunidade ímpar que recebi da Sociedade Esportiva Palmeiras, através do professor Luxemburgo. Então a gente fica feliz de chegar e pode ter dado a nossa contribuição. O nosso goleiro fazendo um papel importante na decisão, mostra que a gente está no caminho certo e já pelo meu histórico também. Por onde eu passei os nossos arqueiros, graças a Deus, conseguiram ser protagonistas nas decisões e a gente conseguiu dar esse respaldo técnico para a equipe – disse Rogerião, ao LANCE!.

Rogério foi campeão da Copa do Brasil (2016), Libertadores (2017) e Gaúcho (2018 e 2019).

O primeiro título pelo Palmeiras veio com Weverton sendo fundamental, afinal ele pegou duas cobranças na disputa contra o Corinthians. Ele diz que o camisa 1 palmeirense estava munido de informações sobre os batedores rivais e destaca o processo feito por todos os profissionais que analisam os adversários.

– Como a gente trabalha em um grupo, não podemos deixar de ressaltar o CIP (Centro de Inteligência Palmeiras) hoje comandado pelo Rafael (Costa) e todos os outros meninos. Fazem o trabalho e nos deixam informados. Então, em todos os jogos e não foi só nessa decisão a gente já tinha visualizado e estudado cada batedor que veio para o jogo – afirma ele.

Em relação ao período que precedeu as penalidades, Rogerião aponta que o trabalho do dia a dia é fundamental para situações como a vivida por Weverton na final do Paulistão, uma vez que o Palmeiras vencia até os segundos finais e levou o gol de empate no último lance.

– Pode-se falar que o processo todo é feito no dia a dia. Quando eu cheguei aqui, falando à TV Palmeiras, disse que tanto o trabalho físico como o técnico são um processo de trabalho psicológico também. Vem no dia a dia conversando, trabalhando, falando para eles a maneira de como a gente gosta de trabalhar, passando tranquilidade. Isso é uma consequência do trabalho do dia a dia – completa o preparador de goleiros, que completou 50 anos na última segunda-feira (10) e ganhou o presente antecipado dois dias antes.