A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) tem trabalhado constantemente com a finalidade de promover a igualdade de gênero na entidade e na modalidade em todo o Brasil. No início deste ano, o presidente Felipe Rêgo Barros definiu uma série de ações para a valorização das profissionais femininas, entre elas a licença maternidade de 180 dias e o pagamento das diárias para as atletas da seleção brasileira que tiverem filhos. Estas diárias teriam um acréscimo de 50% e seriam pagas sempre que houvesse convocações nos 9 meses da gravidez e por até 12 meses após o nascimento da criança.

Agora, a confederação vai iniciar as atividades do Comitê de Políticas para as Mulheres no Handebol, que tem como finalidade implantar políticas de inclusão; de combate à discriminação, à violência, às desigualdades e aos preconceitos; e promover uma maior participação das mulheres no handebol brasileiro.

A diretora do comitê será a ex-atleta e referência no handebol, Lucina Vianna. A coordenação geral ficará a cargo de Raquel Pedercini e a coordenadora regional será Marisa Loffredo. As três serão responsáveis por ficarem à frente de um grupo que conta com mais nove pessoas, todas responsáveis por um setor específico de trabalho.

“Este comitê vai orientar a confederação em ações concretas que podem ser desenvolvidas no âmbito do handebol com a finalidade de promovermos a igualdade de gênero e a valorização da mulher. Nossa intenção é que a CBHb se torne uma referência nesta questão, servindo de exemplo para todas as federações filiadas e até mesmo outras entidades esportivas”, afirmou Lucila Vianna.

O Comitê de Políticas para as Mulheres no Handebol visa garantir equidade, participação, inclusão, acesso e representação das mulheres em todos os âmbitos e níveis da modalidade. Isso significa não apenas acesso igualitários às atividades. Representa também abrir espaço para que a mulher possa ocupar lugares em instâncias de decisão na estrutura de governança e gerenciamento da CBHb.

“Acreditamos que o esporte pode ser uma alavanca para a igualdade de gênero no Brasil. Podemos ser exemplo para a sociedade em geral. Estamos trabalhando para o handebol ser cada dia mais igual. Hoje, temos uma vice-presidente que é mulher, criamos o comitê, definimos as resoluções para o empoderamento feminino na modalidade e vamos fazer o que for possível para promovermos cada dia mais as mulheres no handebol”, disse Felipe Rêgo Barros.

A intenção é que o comitê apresente as primeiras ações ainda neste terceiro trimestre. “O tema é urgente e precisamos de ações práticas o quanto antes”, concluiu o presidente da CBHb.