A Rede Globo foi condenada em duas instâncias a pagar uma indenização de R$ 3,2 milhões ao cinegrafista Cleber Schettini do Rosário. Segundo informações do Notícias da TV, o profissional trabalhou durante 46 anos na emissora e entrou com o processo por entender que tinha direito a receber horas extras.

O caso ainda não transitou em julgado. O cinegrafista trabalhou em dez Copas do Mundo e nove Jogos Olímpicos. Cleber saiu da Globo em fevereiro de 2018 e entrou com a ação no mesmo ano.

No processo, o profissional alegou que fazia horas extras e tinha jornada noturna, aos domingos, mas que não recebia os pagamentos totais referente ao trabalho. A própria Globo admitiu que ele não batia ponto.

Em primeira instância, a juíza Leticia Bevilacqua Zahar acatou os principais pedidos de Cleber. “Em face do exposto, defiro sete horas extras por dia de trabalho”, destacou a magistrada. Por conta disso, o valor da ação ficou alto. Afinal, um novo cálculo de hora extra altera pagamentos de aviso prévio, férias acrescidas de um terço, 13º salário, repouso semanal remunerado e FGTS com 40%. Além disso, a emissora também foi condenada a pagar pelo adicional noturno.

Na ocasião, a Globo recorreu da decisão e conseguiu levar a ação para segunda instância. A última movimentação aconteceu em 5 de fevereiro, quando o Tribunal Superior do Trabalho acolheu recursos de ambas as partes, tanto de Cleber Schettini como da Globo.